"A ideia fixa pode operar a indefinida estagnação da vida mental
no tempo." (Espírito André Luiz)
SUMÁRIO: 1.
Introdução. 2. Considerações Iniciais. 3.
Conceito. 4. Fixação Mental: 4.1. Monoideísmo; 4.2. Causas da Fixação
Mental; 4.3. Imobilização Mental. 5. Morte e Reencarnação:
5.1. Lei Natural; 5.2.
Depois da Morte; 5.3. Reencarnação como
Símbolo da Alma na Terra. 6. Ideia Fixa e Evangelho: 6.1. Estagnação da Vida
Mental; 6.2. Vigilância e Oração;
6.3. Quem me Segue não Anda nas
Trevas.
7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. Introdução
O que é
fixação mental? Onde está situado este tema?
Como pode a mente ficar presa
por tempo indeterminado em certas impressões, principalmente negativas? O
que dizer da pessoa imobilizada nas ideias de vingança?
2.
Considerações Iniciais
O Espírito André Luiz, pela pena de Chico Xavier, ditou, em 1955,
o livro
Nos
Domínios da Mediunidade.
"Em Torno da Fixação Mental" é o capítulo 25 da referida obra e
trata, principalmente da ideia fixa, que, segundo a psicologia, tem relação
com a depressão onde a pessoa pensa que nada vai dar certo.
Isto torna a pessoa debilitada incapaz de reagir, que é
profundamente aumentado pela baixa da autoestima.
3.
Conceito
Ideia
fixa.
Manter-se por longo período de tempo ensimesmado sobre um mesmo assunto.
4.
Fixação Mental
4.1.
Monoideísmo
Monoideísmo é
estado patológico caracterizado pela tendência de uma pessoa retornar sempre
em seu pensamento em sua palavra a um só tema. É a ideia fixa,
ou o estado de consciência mórbida, que se caracteriza pela persistência de
uma ideia, que nem o curso normal das ideias, nem a vontade
consegue dissipar.
4.2.
Causas da
Fixação Mental
Vingança, desespero, paixões e desânimo são
algumas das causas da fixação mental. Nosso cérebro funciona à semelhança de
um dínamo. Dado o primeiro estímulo, interno ou externo, o que passa a
contar é a manutenção de nosso pensamento num mesmo teor de ideia. Quanto
mais tempo permanecermos num assunto, mais as imagens do tema se
cristalizarão em nosso halo mental.
4.3.
Imobilização
Mental
A imobilização da alma pode ser vista da seguinte
maneira: quando estamos felizes o tempo voa; tristes, não passa. Qualquer
grande perturbação interior (paixão, desânimo, crueldade...) pode
imobilizar-nos por tempo indefinível. É por isso que se diz que o relógio
inflexível assinala o mesmo horário para todos; entretanto, o tempo é leve
para os que triunfaram e pesado para os que perderam. A mente estacionária
na deserção da lei sofre angustiosos pesadelos, despertando quase sempre em
plena alienação.
5.1.
Lei Natural
De acordo com os princípios codificados por Allan Kardec, há uma Lei
Natural, também denominada de Divina, que regula todas as ações dos seres
humanos. Ela está escrita na consciência de cada um de nós. Podemos
esquecê-la, mas ela permanece no nosso subconsciente, alertando-nos para a
prática do bem e de virtude.
5.2. Depois da Morte
Não nos esqueçamos de que a vida continua depois da morte do corpo físico. A
Lei traça princípios universais. A ideia fixa pode
operar a indefinida estagnação da vida mental no tempo.
5.3. Reencarnação como Símbolo da Alma na Terra
A reencarnação é uma oportunidade que Deus nos oferece para o
nosso progresso material e espiritual. Se, por incúria, fracassamos,
voltamos horizontalmente nos acertos da morte, para a retaguarda, onde nos
confundimos com os retardados de toda espécie. Vencendo, subimos,
verticalmente, à morada dos bem-aventurados.
6. Ideia Fixa e Evangelho
6.1. Estagnação da Vida Mental
As pessoas estagnadas sofrem angustiosos pesadelos, despertando
quase sempre em plena alienação. Muitas delas se entendiam do mal e procuram
a regeneração por si mesmas. Outras, porém, recalcitrantes e inconformadas,
são constrangidas à reencarnação, que será compulsória. Exemplo:
esquizofrênicos e paranoicos perderam o senso das proporções, situando-se em
falso conceito de si mesmos.
6.2. Vigilância e Oração
Somos
herdeiros dos reflexos de nossas experiências anteriores, porém, com a
capacidade de alterar sua direção. Acionando a alavanca da vontade,
poderemos traçar novos rumos para a libertação de nosso espírito.
Vigilância e oração
atenuam as vicissitudes da senda regenerativa. Através delas, pomo-nos em
sintonia conosco mesmos, tornando-nos cada dia mais autoconscientes.
Percebendo claramente nossas reações do cotidiano, criamos condições para
nos avaliarmos e consequentemente substituir os automatismos negativos pelos
positivos.
6.3. Quem me Segue não Anda nas Trevas
As trevas têm relação com os pensamentos sombrios. Muitos deles
causam o monoideísmo – ideia fixa –, que facilmente pode levar o ser humano
à obsessão, à fascinação e à possessão. Nesse caso, os Espíritos inferiores
se aproveitam de nossa fraqueza mental e passam a nos influenciar
negativamente. Os trabalhos de desobsessão, em Centros Espíritas, retratam
esta situação. Há pessoas que ficam completamente desfiguradas pela
influência desses Espíritos.
7. Conclusão
Procuremos sempre subir verticalmente, ou seja, buscar novas
ideias, ideias voltadas para o bem, para o progresso e para o reconforto de
todos os que nos seguem os passos.
8. Bibliografia Consultada
XAVIER, F. C.
Nos Domínios da Mediunidade, pelo
Espírito André Luiz. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979.
Copyright © 2010 por Sérgio Biagi Gregório
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