"O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano."
Sir Isaac Newton
SUMÁRIO: 1. Dados Pessoais. 2. Imagem do Mundo. 3. Os Avanços a Ciência Moderna. 4. Newton e o Universo. 5. Unificação dos sistemas de mundo. 6. Espaço e Tempo Absolutos. 7. A Teologia e a Física. 8. Regras para Raciocinar em Filosofia. 9. Bibliografia Consultada.
1. DADOS PESSOAIS
Newton, Sir Isaac (1642-1727). Nasceu em Woolsthorpe, Lincolnshire. Estudou em Cambridge, onde cultivou a Matemática. Fez inúmeras descobertas científicas, tendo sido altamente distinguido com honrarias pelo governo inglês.
2. IMAGEM DO MUNDO
O surgimento da astronomia e as experiências de Galileu provocaram o desmoronamento dos cosmos aristotélico-medieval. Em contrapartida, forma-se uma nova imagem do mundo, que atinge a plenitude em fins do século XVII, com a síntese newtoniana entre mecânica e astronomia. Contudo, para que isso fosse possível, há que se registrar os elos anteriores: heliocentrismo de Copérnico, as teorias de Kepler, as experiências de Galileu etc. Acrescentemos, também, que o fio condutor é o mecanicismo, ou seja, explicação dos fenômenos da natureza segundo as leis mecânicas do movimento, que vigorava nessa época.
3. OS AVANÇOS DA CIÊNCIA MODERNA
Na física de Aristóteles, o vácuo não existia; Torricelli (1608-1647), discípulo de Galileu, demonstra o contrário. Mais tarde, esta descoberta é experimentalmente comprovada por Pascal.
Nessa época já havia a interação entre ciência e técnica: da noção física do vácuo se passa ao interesse pela mecânica dos gases e daí se chega à máquina a vapor.
Com a ajuda do telescópio, Galileu observa as fases de Vênus.
Por meio do microscópio, a imagem do mundo se engrandece insuspeitadamente, pois o ser humano começa a sondar com mais precisão as coisas pequenas. Exemplo: vírus, bactérias etc.
4. NEWTON E O UNIVERSO
As contribuições científicas, que vinham se sucedendo desde a época do Renascimento, culminam, em 1686, na obra de Newton Princípios matemáticos da filosofia natural (Philosophiae naturalis principia mathematica), para se integrarem num universo mecânico que funciona segundo a lei natural da gravitação. Utilizando o cálculo infinitesimal, Newton demonstra matematicamente o seu sistema de Universo.
5. UNIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE MUNDO
Com a lei da gravitação universal, que une o movimento dos corpos celestes e o dos corpos terrestres, os mundos celeste e sublunar da cosmologia aristotélica medieval ficam unificados. Em termos transcendentais, Deus é considerado o arquiteto criador, que desenha o mundo e o põe em marcha: “A admirável organização do Sol, dos planetas e dos cometas – diz Newton – só pode ter origem no desígnio e na soberania de um ser onisciente e todo-poderoso. Esse ser infinito domina tudo, não à maneira de alma do mundo, mas como dono do Universo”.
6. ESPAÇO E TEMPO ABSOLUTOS
Para Newton, o espaço e o tempo são absolutos, ou seja, anteriores a tudo o que foi criado. Para ele, o espaço absoluto é o sensorium Dei, o “sensório Deus”. O tempo, sendo absoluto, flui de um modo contínuo e uniforme.
7. A TEOLOGIA E A FÍSICA
Com os avanços da revolução científica, a física se desgarra da teologia. Newton diz que o conhecimento de Deus chega por meio do conhecimento das leis racionais que regulam o Universo; essas leis são estudadas pela física, sendo legitimo desenvolver, a partir dela, uma filosofia natural.
8. REGRAS PARA RACIOCINAR EM FILOSOFIA
"1) Não devemos admitir mais causas de coisas naturais do que as que são verdadeiras e suficientes para explicar suas aparências;
“2) Portanto, aos mesmos efeitos naturais devemos atribuir, até onde seja possível, as mesmas causas;
“3) Aquelas propriedades dos corpos que não possam aumentar ou diminuir gradualmente, e que existam em todos os corpos que possamos examinar, serão considerados como propriedades universais da totalidade dos corpos;
“4) Na filosofia experimental devemos aceitar as proposições derivadas por indução geral do fenômeno como exatas ou muito provavelmente corretas, apesar das hipóteses contrárias que se pudessem imaginar até o tempo em que ocorram outros fenômenos, com os quais possam tornar-se mais exatos ou aceitar exceções.”
Isaac Newton. Princípios matemáticos da filosofia natural.
9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
TEMÁTICA BARSA - FILOSOFIA. Rio de Janeiro, Barsa Planeta, 2005.
São Paulo, agosto de 2013.
Copyright © 2010 por Sérgio Biagi Gregório
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