Para Aristóteles, há uma hierarquia dos seres vivos baseada na capacidade de conhecimento. Nos animais, que só têm sensibilidade, há pouco conhecimento. Nos seres humanos, que têm memória e faculdades intelectivas, as quais permitem experimentar, ou seja, fazer ciência, a possibilidade de conhecer é infinitamente superior.
Para Campanella, na Cidade do Sol, o sistema didático baseia-se nos sete círculos de muralhas. Cada uma delas é marcada com representações (figuras) referentes ao inteiro conhecimento humano. Basta que uma criança vá observando as figuras, e o conhecimento vai lhe penetrando sem esforço.
Para Descartes, uma ideia é verdadeira quando ela se apresenta à nossa intuição com todas as características da evidência (modalidade psicológica pela qual a mente representa a si mesma certas verdades como claras e distintas, certas e inopináveis). Sendo clara em si mesma, é dotada de um grau de certeza, e não tem necessidade do filtro da razão, imposto pela dúvida metódica.
Leibniz, ao tratar da Mônada, afirma que a consciência não é um ingrediente necessário ao pensamento e à sensação. Ele diz que há percepções tão pequenas que não podem ser compreendidas pela consciência, mesmo agindo sobre os órgãos dos sentidos. Exemplo: acostumar-se com um ruído faz com que ele não seja mais notado.
Locke, polemizando com Descartes, demonstra com argumentos extraídos da experiência a inexistência de ideias inatas: as crianças, os loucos e os selvagens não possuem qualquer ideia de Deus. Daí, afirmar que não há nada inato no ser humano, pois tudo provém da experiência. Para ele, o ser humano nasce como se fosse uma tabula rasa, ou seja, um papel em branco sobre o qual a prática do mundo externo e a reflexão do sujeito imprimirão o conhecimento. Com isso, demonstra ser falsa a teoria de que as ideias claras e distintas precedem a experiência.
Para Kant, a mente deve criticar a si mesma, estabelecendo um limite para o seu raio de ação. Ele acha que a mente tem uma tendência para ir além dos seus limites, havendo necessidade de se impor um controle. Há, no ser humano, um impulso instintivo de ultrapassar o âmbito da experiência verificável para formular conjecturas hipotéticas e doutrinas metafísicas.
Freud, através da sua teoria do complexo de Édipo, sintetiza a sexualidade pervertida da criança: inconscientemente, o garoto sente atração sexual pela mãe; a garota, pelo pai.
Para Bérgson, a intuição é o instinto da inteligência. Ele acha que não podemos afirmar a superioridade da inteligência em relação ao instinto: existem coisas que somente a inteligência é capaz de buscar, mas por si só não encontrará nunca; somente o instinto poderia descobri-la, mas não as buscará nunca.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
São Paulo, maio de 2010
Copyright © 2010 por Sérgio Biagi Gregório
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