SUMÁRIO: 1. Dados Pessoais. 2. O Pai da Filosofia Moderna.
3. O Universo Infinito. 4. A Metafísica de
Bruno. 5. Obras. 6. Giordano Bruno e seus Carrascos. 7. Bibliografia Consultada.
1. DADOS PESSOAIS
Giordano Bruno (1548-1600), nascido em Nola, perto de Nápoles, ingressou cedo na Ordem dos Dominicanos. Abandonou o hábito, em 1756, e levou uma vida errante, sendo perseguido em toda parte por suas opiniões. Converteu-se numa espécie de profeta do infinito cósmico. Preso em Veneza, foi extraditado para Roma, onde a Inquisição o manteve preso sete anos, antes de queimá-lo vivo sem obter sua retratação.
2. O PAI DA FILOSOFIA MODERNA
Giordano Bruno é considerado por alguns como o pai da filosofia moderna. Em seu pensamento sincrético, convergem elementos filosóficos muito dispares: o platonismo e o aristotelismo, o atomismo de Demócrito e o lulismo medieval. É um filósofo que se expressa não apenas através de conceitos, mas também de imagens e alegorias.
3. O UNIVERSO INFINITO
Ao declarar que o Sol não é o centro do Universo, mas apenas do nosso sistema planetário, ultrapassa o heliocentrismo coperniciano. O Universo é infinito e seu centro, como já pensava Nicolau de Cusa, está em todas as partes e em nenhuma. Não existe um ponto central absoluto, mas relatividade dos lugares.
4. A METAFÍSICA DE BRUNO
Baseando-se na infinitude do Universo, Bruno extrai uma metafísica (panteísta) na qual supera o dualismo medieval entre Deus e o mundo. A divindade é a própria ordem natural, eterna e imutável. Nesse sentido, a distinção entre matéria e forma, postulada por Aristóteles, se mostra inoperante. Defende que existe uma força vital que penetra tudo. Essa alma universal atua no máximo e no mínimo, no microcosmos e no macrocosmos.
5. OBRAS
Seus livros principais são: Da causa, do princípio e do Uno e Do universo finito (1585), que contribuíram para a difusão da astronomia coperniciana. Neles, defende um panteísmo imanentista, tentando conciliar a infinitude do universo com a perfeição de Deus.
6. GIORDANO BRUNO E SEUS CARRASCOS
“Dizei: qual foi o meu crime? Nem ao menos suspeitais?
E me acusais, sabendo que nunca agi fora da lei!
Queimai-me, que amanhã onde acendeis a fogueira
A história erguerá uma estátua para mim.
[...]
Mas sois sempre os mesmos, os velhos fariseus,
Os que rezam e prostam onde podem ser vistos,
Fingindo fé, sois falsos, invocando a Deus, ateus;
[...]
Prefiro mil vezes minha sorte à vossa;
Morrer como eu morro não é morte;
Morrer assim é a vida: vosso viver, sim, é a morte,
[...]
Covardes! O que vos detém? Temeis o futuro?
Ah! Tremeis. É porque vos falta o que sobra em mim.
Olhais, eu não tremo. E sou eu quem vai morrer!”
7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
TEMÁTICA BARSA - FILOSOFIA. Rio de Janeiro, Barsa Planeta, 2005.
São Paulo, agosto de 2013.
Copyright © 2010 por Sérgio Biagi Gregório
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