Sérgio Biagi Gregório
1) O que significa o apocalipse?
Apocalipse significa propriamente "manifestação do que estava oculto" e, por isso, fala-se em revelação, pois revelar é trazer à luz algo que estava escondido. Figuradamente, grande cataclismo, terrível flagelo. Aplica-se também à final aparição de Cristo, como juiz e triunfador.
2) O Apocalipse de João foi o primeiro apocalipse?
Não. Houve outros. No judaísmo, por exemplo, os grandes períodos desta literatura, vão de 200 a.C. a 100 d.C.; no cristianismo, de 50 d.C. a cerca de 350.
3) O que expressa o Apocalipse de João?
Constitui o fim do Novo Testamento, e consiste na revelação tida por João, o Evangelista, na Ilha de Patmos, acerca dos futuros acontecimentos que envolverão o Planeta e a Humanidade.
Assim:
- escreve sete cartas a várias Igrejas;
- relata a visão do trono da majestade divina;
- diz que somente o Cordeiro é digno de abrir o livro dos sete selos;
- fala da besta que subiu do mar e da terra;
- discorre sobre a queda da Babilônia, enumerando a visão da grande prostituta assentada sobre a besta, as lamentações sobre a terra, a alegria e triunfo nos céus e as vitórias de Cristo sobre a besta e sobre o falso profeta;
- vaticina sobre o juízo final, enaltecendo os novos céus, a nova terra e a nova Jerusalém;
- por fim, faz algumas admoestações e conclui com as promessas finais.
4) O Apocalipse de João e profecia são a mesma coisa?
O Apocalipse de João aparece ligado à profecia (predição do futuro), mas distingue-se de uma simples profecia, tanto pelo conteúdo como pela forma. Pelo conteúdo, é a vitória final do reino messiânico; pela forma, pois não é uma simples iluminação subjetiva, mas uma exposição objetiva, e com forma de visão permanente. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
5) Como está dividido o Apocalipse de João?
1) Anúncio da Revelação e saudação ao leitor;
2) Prólogo. João, desterrado em Patmos, saúda as sete Igrejas da Ásia.
3) Visões mandadas transmitir às igrejas.
4) Epílogo. Cristo confirma a verdade destas predições e diz que não tardarão em cumprir-se.
6) Como foi possível a captação dessas mensagens apocalípticas?
"João era médium, clarividente, profeta, possuidor de várias formas de mediunidade, em alto grau. Mas era, também, iniciado no conhecimento da época, quer da cultura grega, como da lei e da ritualística judaica. Por isto, autor de um dos evangelhos, uma versão sapiencial ou gnóstica. Nele se tem a primeira aproximação com a contemporânea filosofia do Neo-Platonismo grego e a ligação à literatura judaica de Filão, também contemporânea, que completa a tarefa de interpretar a Bíblia, segundo a filosofia grega". (Curti, 1983, p. 144)
7) Como interpretar o Apocalipse de João sob a ótica espírita?
O Espírito Emmanuel, comentando o Apocalipse de João, em A Caminho da Luz, diz que "O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica invisível. Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o Velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que freqüentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pode copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos". (Xavier, 1972, p. 126 e 127)
8) Como o Espírito Emmanuel interpreta os signos apocalípticos?
"Identifica a besta como sendo o papado e o número 666 como sendo o ‘Sumo-Pontífice’ da igreja romana quem usa os títulos de ‘VICARIVS GENERALIS DEL IN TERRIS’, ‘VICARIVS FILII DEI’ e ‘DVX CLERI’ que significam ‘Vigário-Geral de Deus na Terra’, ‘Vigário do Filho de Deus’ e ‘Príncipe do Clero’. Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada título papal, a fim de encontrar mesma equação de 666, em cada um deles". (Xavier, 1972, p. 128)
9) O que falar dos cataclismos futuros?
Quanto aos cataclismos futuros, Allan Kardec, em A Gênese, diz-nos: "Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas". (1975, cap. IX, item 14, p. 187)
10) Qual a conclusão que podemos tirar do Apocalipse de João?
O Apocalipse de João é uma exortação à mediunidade, a maior ferramenta da revelação divina. João, possuidor de vários tipos de mediunidade, pode se desdobrar, ir ao futuro, e nos trazer essas informações.
Bibliografia Consultada
CURTI, R. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
XAVIER, F. C. A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1972.
São Paulo, outubro de 2008.
Sérgio Biagi Gregório
1) O que se entende por bem-aventurança?
Bem-Aventurança é um pedido de bênção, de felicidade para com o seu próximo. Com Jesus toma a forma de um paradoxo, ou seja, a bem-aventurança é feita em cima de uma má-sorte. Por isso, bem-aventurados os pobres, os injustiçados etc.
2) Qual o conceito de misericórdia?
Do latim miseria e cor-cordis (coração) significa compaixão afetiva a uma miséria de bens, sobretudo o respeito à virtude, que recai sobre um miserável. Dó, compaixão. Compaixão pelos que sofrem.
3) Como está expresso o texto evangélico?
1. Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mat., 5, 7)
2. Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; - mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mat., 6, 14 e 15)
3. Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. - Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: "Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?" - Respondeu-lhe Jesus: "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (Mat., 18, 5, 21 e 22.) (Kardec, 1984)
4) O que significa obter misericórdia?
No Evangelho é anunciado como "bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia". Cristo anuncia uma certeza: a obtenção de misericórdia. Mas como? Há um condicionamento: antes de obtermos misericórdia, temos que ser misericordiosos. E por que é desta forma e não de outra? É que nada nos vem de mão beijada. Tudo depende de um esforço anterior. "Para que o náufrago se salve, ele tem que se despojar de sua bagagem", diz o anexim. Em se tratando da misericórdia, temos que nos despojar do nosso eu, do nosso amor próprio, da nossa personalidade. Somente assim conseguiremos adentrar no Reino de Deus.
5) Como interpretar a hipérbole: "Não se deve perdoar sete, mas setenta vezes sete vezes"?
Como sabemos, esta foi a resposta dada por Cristo à indagação de Pedro: "quantas vezes devo perdoar o meu semelhante? Sete vezes?" A resposta de Jesus: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes". Quer dizer, indefinidamente. Isso significa que Jesus não tolera limites além dos quais o amor próprio e a dureza reclamam os seus direitos. Quando não perdoamos, o nosso coração fica jungido ao ódio, o que dificulta a libertação do Espírito.
6) Os misericordiosos enfraquecem a justiça?
É falso tal pensamento. O perdão é um ato de força. E força não quer dizer dureza. Além do mais, o perdão do ofensor não nega a sua culpabilidade. Devemos perdoar não porque a pessoa o mereça, mas porque faz bem à nossa alma. Por isso, o fato de se perdoar é uma espécie de libertação, porque ficamos desagravados e os nossos pensamentos menos felizes a respeito de tal pessoa são substituídos por pensamentos criativos e altruístas, mais apropriados para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso. (Chevrot, 1971)
7) Há oposição entre justiça e misericórdia?
A nossa maneira habitual de agir e de interpretar os fatos parece corroborar para certa oposição. Exemplo: se alguém nos deve, a justiça pode exigir o pagamento integral da dívida. Nós, porém, vendo o estado do devedor, podemos perdoar parte da dívida. De um lado a justiça; de outro, o nosso coração generoso. No âmbito do espírito do Evangelho, seria vão distinguir uma coisa da outra, porque as duas estão interligadas. Relembremos: devemos amar o nosso próximo, não porque o mereça, mas porque é nosso próximo. (Chevrot, 1971)
8) Como triunfar da ofensa?
A maneira de triunfar da ofensa é recusarmos a considerar-nos ofendidos. Foi esta a razão pela qual Gandhi, quando questionado se já tinha perdoado alguém, ele simplesmente disse que nunca tinha perdoado ninguém, porque nunca se sentira ofendido. Se ele não se sentiu ofendido, não tinha o que perdoar. Mas para atingir esse estado de alma, há muita luta, muita mudança interior a ser realizada.
9) Existe algum exercício que nos ajuda a perdoar?
O exercício parece referir-se à pergunta anterior. Acreditamos que não nos considerarmos ofendidos é o começo. Em se tratando do perdão, devemos sempre perdoar porque também somos passíveis de culpa. Considerar-nos culpados é também um bom treinamento. Pode-se imaginar a pessoa com quem tivemos algum atrito e endereçar-lhes vibrações de paz e harmonia.
Bibliografia Consultada
CHEVROT, Georges. O Sermão da Montanha. Tradução de Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 1971.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
Outubro/2007
Sérgio Biagi Gregório
1) O que significa Bem-Aventurança?
Bem-Aventurança – Grande felicidade, suprema ventura, especialmente a que se goza no céu. Para a teologia, são as oito bênçãos (beatitudes) com cuja exposição deu Cristo princípio ao Sermão da Montanha.
A Bem-Aventurança é uma declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se inicia com "bem-aventurado aquele..." Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição. (Mackenzie, 1984)
As bem-aventuranças constituem uma mensagem divina aos homens de todas as raças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição. (Equipe Feb, 1995)
"Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos que lhe partilham as aflições, os trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sentimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras". (Xavier, 1977, cap. 89)
Bênção tem vários sentidos: louvor das criaturas a Deus ou ao Cristo; benefício de Deus às criaturas ou destas entre si; votos de felicidade para a pessoa a quem se quer bem; agradecimento pelos benefícios de Deus (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
2) O que distingue a concepção da bem-aventurança na antiga Grécia, no Velho Testamento e no Novo Testamento?
Os deuses gregos eram, eles próprios, bem-aventurados.
No Velho Testamento, Iavé transfere a sua bênção ao seu povo. Há uma sintonia entre a felicidade terrestre (cheia de bens materiais) e a bem-aventurança celeste.
No Novo Testamento, Jesus é, ao mesmo tempo, o ideal e a realização das bem-aventuranças. Jesus não é simplesmente um sábio, mas aquele que vive plenamente o que propõe. No Velho Testamento, exaltam-se os valores terrestres da riqueza; no Novo Testamento, os da pobreza.
3) O que representa, para a vida cristã, as oito bem-aventuranças?
As oito bem-aventuranças são o gonzo (dobradiça) pela qual toda a vida cristã deve girar. Gandhi, ao ser indagado sobre o Evangelho de Jesus, diz: "Se tudo o mais do Evangelho for perdido e ficar somente as bem-aventuranças, o cristão em nada ficará prejudicado, pois nestas oito regras estão todos os fundamentos para uma mudança comportamental eficaz".
4) Quais são as oito regras?
1ª) Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
2ª) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
3ª) Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.
4ª) bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
5ª) Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
6ª) Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.
7ª) bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.
8ª) Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus, 5, 1 a 12)
5) Qual o prêmio prometido por Jesus àquele que obedece às oito regras?
O Reino dos Céus. O Reino dos Céus ou Reino de Deus é um estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirido. É a imensidade da virtude. É o estado de sublimação da alma em virtude de sua obediência às Leis Naturais.
6) O Reino dos Céus é deste mundo?
O Reino dos Céus não é deste mundo. Quer dizer, ele não será encontrado na satisfação de nossos desejos materiais, no nosso gozo terreno. Ele está em nosso interior, em nosso mundo íntimo.
7) Crie algumas frases começando com o "bem-aventurado".
Bem-aventurado aquele que sabe se colocar no último lugar;
Bem-aventurado aquele que sabe ouvir atenciosamente o próximo;
Bem-aventurado aquele que procura ser em vida o que o espera a morte;
Bem-aventurado aquele que é fiel à sua própria consciência.
Bibliografia Consultada
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]
MACKENZIE, J. L. (S. J.). Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1984.
XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977
São Paulo, setembro de 2008
Sérgio Biagi Gregório
1) Quem foi Paulo?
Paulo viveu na época de Jesus. O seu nome em hebreu é Saulo. De acordo com os costumes judeus, que prescrevia o ensino de uma profissão às crianças, Saulo torna-se tecelão. Saulo é enviado a Jerusalém onde se torna discípulo de Gamaliel, adquirindo vasto conhecimento das escrituras e das tradições judaicas.
Enquanto Jesus era crucificado pelo anúncio de seu Evangelho, Saulo torna-se um ferrenho perseguidor dos cristãos, na Palestina e na Síria. O número de discípulos, na época, já ultrapassava os 5.000.
Saulo tem uma visão de Cristo nas portas de Damasco, que lhe pergunta: "Saulo, Saulo, porque me persegues?" Fica cego e é curado por Ananias.
Depois de alguns anos de vida tranqüila em Tarso, Saulo inicia as suas viagens de divulgação da boa nova do Cristo, permeada por muitos sofrimentos e prisões. Teve um fim trágico: morreu decapitado.
2) Qual sua missão?
A missão de Paulo foi a de levar a boa nova do Cristo aos gentios. Sabia que nada podia por si mesmo, mas confiava em Deus, que lhe tinha dado esta missão. Depois de sua conversão, em Damasco, dedica-se inteiramente à divulgação do Evangelho não se importando com cansaços, tribulações e prisões. De acordo com Jacques Maritain "A sabedoria que Paulo anuncia não é sabedoria dos filósofos, é a sabedoria dos santos. Não é sabedoria que se adquire pelas forças naturais da razão, mas pelas forças da fé". (1975)
3) O que se entende por epístola?
Epístolas são cartas redigidas por um autor antigo. Difere da simples carta, pois não se destina à simples comunicação de fatos de natureza pessoal ou familiar, mas crônicas a respeito de determinados assuntos. Diz-se também de cada uma das cartas escritas por apóstolos e inseridas no Novo Testamento.
No Antigo Testamento de antes do cativeiro encontram-se poucas formulações de cartas propriamente ditas. Do pós-cativeiro (tempo persa) guardam-se diversas cartas e documentos.
No Novo Testamento temos as cartas de Paulo, as cartas católicas, as cartas do decreto dos apóstolos e o apocalipse, pois também é concebido em forma de carta.
4) Como se originaram as epístolas de Paulo?
O Espírito Emmanuel, em Paulo e Estevão, relata que Paulo estava preocupado por não poder atender a todas as solicitações das igrejas nascentes. Em uma meditação noturna, recebe a seguinte orientação: "Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo... Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida". (1963, p. 424 a 426)
5) Quais foram as epístolas escritas por Paulo?
As epístolas, atribuídas a Paulo, no Novo Testamento, são quatorze, e segundo alguns, a ordem cronológica que melhor parece estabelecida é:
1.º e 2.º Epístolas aos Tessalonicenses;
1.º e 2.º Epístolas aos Coríntios;
Epístola aos Gálatas;
Epístola aos Romanos;
Epístola aos Efésios;
Epístola aos Colossences;
Epístola a Filemon;
Epístola aos Filipenses;
Epístola aos Hebreus;
1.º Epístola a Timóteo;
Epístola a Tito;
2.º Epístola a Timóteo.
6) Qual o conteúdo doutrinal das epístolas?
Folheando essas 14 epístolas, verificamos que Paulo está preocupado na divulgação da sã doutrina do Cristo. Assim:
- combate a idolatria, a circuncisão, o pecado, a luxúria etc.;
- exalta a justiça pela fé, a humildade, a caridade, a fidelidade a Deus, a submissão à autoridade, a tolerância para com os fracos da fé etc.;
- dá orientações de como a mulher deve portar-se na Igreja;
- responde às perguntas sobre o casamento;
- fala de seus sofrimentos na luta pela implantação da "Boa-Nova";
- diz que a Lei é impotente para salvar, mas conduz a Cristo e à fé;
- descreve acerca da diversidade dos dons espirituais.
7) Qual a importância de Paulo para o Cristianismo?
Paulo foi quem universalizou o Cristianismo. É o exemplo vivo de como o homem velho pode se transformar em homem novo. As suas prédicas tinham por objetivo avivar a fé racional do crente e não a fé cega, a fé dogmática. Além do mais, Paulo era médium e, como tal, ficava todo o tempo receptivo às inspirações dos mensageiros de luz, preocupados em divulgar a boa nova do Cristo, para que a Humanidade pudesse se preparar para a sua maioridade espiritual.
Fonte de Consulta
CURTI, Rino. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.
XAVIER, F. C. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1963.
MARITAIN, Jacques. O Pensamento Vivo de São Paulo. Tradução de Oscar Mendes. São Paulo: Martins/Edusp, 1975.
São Paulo, setembro de 2008
Sérgio Biagi Gregório
1) Qual o conceito de Evangelho?
Evangelho – Do grego Euangelion (eu = boa e angelion = notícia) que significa boa notícia. Para os gregos mais antigos, ela indicava a "gorjeta" que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma "boa-nova", segundo a exata etimologia do termo. (Battaglia, 1984)
2) Qual o contexto histórico do Evangelho?
Politicamente, havia o domínio do Império romano; religiosamente, o Judaísmo.
Embora o cristianismo seja uma religião revelada, diferente da judaica, apareceu historicamente como continuação e aperfeiçoamento da revelação dada por Deus ao povo de Israel. Jesus era um judeu, que nasceu e viveu na Palestina. Os apóstolos eram todos da sua gente e da sua religião. É dentro desse quadro que nasce o Evangelho. (Battaglia, 1984)
3) Enumere os tipos de Evangelho. O que significa cada um deles?
1) O Evangelho de Jesus – No Velho Testamento há o anúncio do Messias, o Salvador. Jesus, quando encarnado, é não só o conteúdo do anúncio, mas também o arauto.
2) O Evangelho dos Apóstolos – após a ascensão de Jesus, é a pregação oral dos ensinamentos do Cristo, feito pelos apóstolos.
3) Os Quatro Evangelhos – Evangelho, no singular, é a boa-nova trazida pelo Cristo. Evangelhos referem-se ao: "Evangelho Segundo Lucas", "Evangelho Segundo Mateus", "Evangelho Segundo Marcos" e "Evangelho Segundo João".
4) O Quinto Evangelho – Os Atos dos Apóstolos e as Cartas Apostólicas, dispostos cronologicamente, formariam um quinto evangelho.
5) Evangelhos Apócrifos – Muitas informações acerca de Jesus estão arroladas nos evangelhos apócrifos (escondidos) e nas ágrafas (ensino oral). (Battaglia, 1984)
4) Em que se fundamentam os dizeres do Evangelho?
Fundamentam-se no ensinamento religioso revelado, como livros inspirados, que contêm a verdadeira história e o verdadeiro ensinamento de Jesus. Os Evangelhos são o ponto de chegada da salvação e ponto de partida rumo à perfeição definitiva por eles anunciada. Observe que a Reforma Protestante do século XVI não tocou na doutrina da divina inspiração da Bíblia, que pelo contrário foi formulada de maneira ainda mais rígida.
5) Que são os Evangelhos sinóticos? Por que Santo Agostinho usou a frase "concordância discorde"?
Sinótico. Do grego synóptikos "percebido com uma só olhada". São os Evangelhos Segundo Marcos, Mateus e Lucas. Os três seguem uma mesma linha de raciocínio. Contudo, há diversidade entre eles. Cada evangelista tem um material próprio não transmitido por outros. Mateus tem cerca de 330 versículos exclusivamente seus; Marcos, 30; Lucas, 548. Algumas vezes não seguem a mesma ordem na disposição cronológica dos fatos.
Sobre essas discrepâncias, Santo Agostinho fala de "concordância discorde" e atribuía a causa à influência recíproca, à personalidade própria de cada escritor, e à orientação da inspiração de Deus. (Battaglia, 1984)
6) Pode-se interpretar o Evangelho como sendo Dynamis e Enérgeia divina?
Sim. Dynamis e enérgeia, além de pneuma e logos são termos da terminologia científica que passaram rapidamente ao âmbito religioso, exprimindo as forças e as virtudes sobrenaturais, das quais se consideravam invadidas por elementos do universo.
Paulo considerou então o Evangelho como uma potência (dynamis), como uma força-energia (enérgeia), como uma palavra dotada do Espírito divino (pneuma). Exemplo: escrevendo aos romanos, ele afirma: "Não me envergonho do Evangelho: este é a potência de Deus (dynamis) para a salvação de quem crê" (Rm 1,16). Em Tessalonicense, 1,4; 2,13, há o uso dos outros termos.
7) Quais são as 5 partes contidas nos Evangelhos? Por que Allan Kardec escolheu apenas os ensinamentos morais?
Allan Kardec na Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que as matérias contidas nos Evangelhos podem ser divididas em cinco partes: os atos comuns da vida de Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja e o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de controvérsia, a última manteve-se inatacável. Este é o terreno onde todas as crenças podem se reencontrar, porque não é motivo de disputas, mas sim regras de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida, pública e privada. (Kardec, 1984)
Bibliografia Consultada
BATTAGLIA, 0scar. Introdução aos Evangelhos — Um Estudo Histórico-crítico. Rio de Janeiro: Vozes, 1984.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
Outubro/2007
Sérgio Biagi Gregório
1) Qual a etimologia da palavra Evangelho?
Evangelho – Do grego Euangelion (eu = boa e angelion = notícia) que significa boa notícia. Para os gregos mais antigos, ela indicava a "gorjeta" que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma "boa-nova", segundo a exata etimologia do termo.
2) Há diferença entre Evangelho e Evangelização?
Uma só palavra grega (eu aggélion) é traduzida já por evangelho, já por evangelização, segundo o contexto e segundo dos tradutores. Assim, por exemplo, quando São Paulo escreve: "Antes, pelo contrário, tendo visto que me tenha sido confiado o Evangelho para os não circuncidados, como a Pedro para os circuncidados" (Gál, 2,7), traduziríamos com mais precisão por "evangelização", em vez de Evangelho.
3) O que é O Evangelho Segundo o Espiritismo?
O Evangelho Segundo o Espiritismo é o terceiro livro codificado por Allan Kardec. Contém a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas posições da vida. Em sua primeira página, há uma frase proverbial: "Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade".
4) Que lições podemos tirar do prefácio?
A instrução ali contida, transmitida por via mediúnica, resume o caráter e o objetivo do Espiritismo. Há quatro pontos:
a) Os Espíritos do Senhor, semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos;
b) Os tempos são chegados e todas as coisas devem ser restabelecidas em seu sentido verdadeiro para dissipar trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos;
c) As vozes do céu conclamam os seres humanos ao concerto divino, no sentido de estender esse hino sagrado de um canto ao outro do planeta;
d) Por fim, pedem para que nos amemos uns aos outros, fazendo a vontade do Pai que está nos céu.
5) Quais são as 5 partes contidas nos Evangelhos? Por que Allan Kardec escolheu apenas os ensinamentos morais?
Allan Kardec, na Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz que as matérias contidas nos Evangelhos podem ser divididas em cinco partes: os atos comuns da vida de Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja e o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de controvérsia, a última manteve-se inatacável. Este é o terreno onde todas as crenças podem se reencontrar, porque não é motivo de disputas, mas sim regras de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida, pública e privada.
6) Qual o objetivo de O Evangelho Segundo o Espiritismo?
Allan Kardec reuniu nesta obra os artigos que pudessem constituir um código de moral universal, sem distinção de culto. Por que procedeu desta forma? Porque o Espiritismo, como um todo, foi codificado com esse objetivo, o de tornar os seus ensinamentos úteis para toda a população terráquea, e não para uma comunidade, uma organização, uma dada religião.
7) As máximas morais, comentadas ao longo deste livro, foram bem fundamentadas?
Sim. Observe que Allan Kardec teve o cuidado de não se basear em uma única informação. Passava tudo pelo crivo da razão. Dizia: "A única garantia séria do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares".
8) Como as matérias foram colocadas ao longo do livro?
O Evangelho Segundo o Espiritismo foi dividido em 28 capítulos. O 28º capítulo trata da "Coletânea de Preces Espíritas"; nos outros 27, estão os ensinamentos morais do Cristo. Refletindo sobre cada um desses capítulos vamos adquirindo um vasto conhecimento sobre nós mesmos, sobre o mundo que nos rodeia, sobre outras galáxias e, principalmente, sobre o nosso relacionamento com o próximo. Não é um livro para ser apenas estudado, mas para ser posto em prática, no dia-a-dia.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
São Paulo, 27 de agosto de 2008
Sérgio Biagi Gregório
1. O que se entende por caridade?
Caridade é o amor a Deus e ao próximo. É uma virtude cristã ao lado da fé e da esperança. Tem relação com a justiça, porque implica em exercer deveres e obrigações na sociedade. Nesse caso, regula o procedimento moral do homem para com os outros seres e, especialmente, para com os outros homens.
2. Onde está a origem da caridade?
A origem da caridade está na vida e nos exemplos de Jesus Cristo. Antes de Jesus, os pais vendiam os seus filhos, as mulheres eram tratadas como alimárias, os velhos eram abandonados. Depois de sua vinda, o quadro se alterou e o cuidado para com os semelhantes foi se acentuando cada vez mais. Jesus não se limitou a ensinar o bem, não mandou substituto. Ao contrário, utilizou o próprio esforço.
3. A caridade é uma obrigação?
De acordo com o cristianismo, Deus é o pai, o Criador do universo. Após Deus, vem Jesus; depois todos nós. Esta é família universal. Como cada um de nós faz parte desta família universal, amar a Deus não pode ser feito sem que amemos o nosso próximo. Por isso, a definição de caridade como amor a Deus e ao próximo.
4. A caridade pode ser vista isoladamente?
Didaticamente, sim. Contudo, ela deve ser vista em consonância com a justiça, pois há deveres e obrigações a serem cumpridos em sociedade. Além do mais, teologicamente, temos a trindade expressa pela fé, pela esperança e pela caridade.
5. Quais são as formas de caridade?
A caridade pode ser vista de diversas formas: material (doação de alimentos, dinheiro, roupas, remédios); espiritual (esquecimento da ofensa, audição de uma reprimenda, calar ante o interlocutor perturbado). Todas elas, porém, devem convergir para o aspecto moral, que é o esforço de suplantar uma limitação, uma falha de personalidade.
6. Como interpretar a esmola?
A esmola faz parte da tradição cristã. Vendo uma pessoa estendendo a sua mão, tiramos uma moeda do bolso e damos ao nosso próximo. Este dinheiro é útil porque pode aliviar a sua fome. É preciso verificar, entretanto, se a doação do dinheiro não está queimando a mão de quem o recebe.
7. O que falar da doação de roupas, alimentos, dinheiro?
A doação de recursos financeiros, roupas e alimentos é meritória, porque pode satisfazer uma necessidade do próximo. Devemos, contudo, tomar cuidado para que essas ações não aumentem o nosso amor-próprio, a nossa ostentação, dificultando a nossa caminhada espiritual.
8. Devemos doar o nosso tempo e esquecermos de nós mesmos?
Suprir alguém com dinheiro, roupas e alimentos não é tarefa complicada; basta que tenhamos de sobra. Doar tempo em beneficio do próximo, com o esquecimento do "eu" já exige abnegação. Quantas não são as vezes que nos requisitam para uma atividade caritativa e alegamos que temos outra coisa para fazer?
9. A verdadeira caridade é sacrifício de si mesmo?
A verdadeira caridade implica o sacrifício total da liberdade humana. Tal qual Jesus se sacrificou na cruz, o mesmo deveríamos fazer em nossos dias. É o sacrifício de uma indolência, de uma má recepção, de uma reprimenda. Há um grande mérito em saber calar para deixar falar um mais tolo; saber ser surdo quando uma palavra de zombaria escapa da boca escarnecedora; saber obedecer aos imperativos da vontade de Deus, quando nos obrigam a fazer algo despropositado.
10. Como retratar a caridade através de um exemplo?
O Espírito Néio Lúcio, no capitulo 20, de Jesus no Lar, relata a história de um indivíduo, pai de família, que tencionava praticar caridade, mas não tinha dinheiro. Contudo, em sua jornada terrestre auxiliava prazerosamente a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade. Procurava sempre extinguir os pensamentos inferiores. Recolhia até detritos da rua para não prejudicar os transeuntes. Desencarnou. Estava com medo dos juizes, mas foi aureolado com um diadema.
São Paulo, setembro de 2009
Sérgio Biagi Gregório
1. Qual a etimologia da palavra Jesus? E Cristo?
Jesus – de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração de Jehoxuá, isto é, "Jeová ajuda ou é salvador".
Cristo - do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá, escolhido ou ungido.
2. No que se fundamenta a vinda do Messias?
Os Judeus, pelas afirmações dos profetas em seus livros sagrados, estavam cientes de que se aproximava a vinda do Messias para salvar o Mundo. A uns e a outros eram fornecidas inspirações, avisos sobre este fato.
A idéia de um messias geralmente atribuída ao Judaísmo, é historicamente anterior e encontra-se em outras crenças, entre vários povos. Ela é explicada, porém, com base na concepção de um passado remoto em que os homens teriam vivido situação melhor e que voltaria a existir pela mediação entre os homens e a divindade, de um Salvador.
3. Jesus é Deus? É Filho de Deus? É Filho do homem?
Jesus não pode ser Deus, porque são duas coisas distintas. Deus é o criador, o ponto de partida. Todos nós somos, juntamente com Jesus, filhos desse Pai. De modo que alçá-lo ao nível de Deus é muita pretensão dos seres humanos.
Filho de Deus é, porque todos nós o somos. Filho de Deus, contudo, tem outra acepção: no Antigo Testamento, é todo o povo escolhido que Iavé ama como um pai ama o seu filho. Em se tratando do Novo Testamento, constitui uma atribuição feita pela Igreja nascente ao ressuscitado.
Filho do homem quer dizer simplesmente um homem ou alguém. É uma das poucas designações em que Jesus atribuiu a si mesmo.
4. A afirmação de que Jesus é filho de Deus resiste à crítica histórica?
Não. Na atualidade, a ciência histórica moderna quis se desvencilhar da tradição. No âmbito da religião, Lutero quis isolar-se da tradição para atingir o Solus Christos. A sua atitude, porém, não é radical, pois admite a tradição dos primeiros séculos da Igreja. Esta é a questão hermenêutica por excelência: como conciliar o Cristo histórico, se Ele, no presente, não está mais integrado na tradição? (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
5. Por que, para a crítica histórica, a perspectiva da cruz é o ponto mais alto para o conhecimento de Jesus Cristo?
Se quisermos adotar, na perspectiva da crítica histórica atual, o ponto de partida mais sólido, para o conhecimento de Jesus Cristo, teremos de escolher os acontecimentos ligados à sua prisão, julgamento e execução na cruz. Daí, tiramos conclusões hermenêuticas para a sua correta interpretação. Por que aquele desfecho e não outro? A terceira razão, a execução na cruz, recomenda uma cristologia da cruz: a cruz permite-nos entender como o significado e ministério de Jesus Cristo é salvação deste mundo através de um julgamento que abrange todos os responsáveis pela sua morte e se exerce, não pela força das armas que matam, mas pelo testemunho da verdade e do amor que leva à doação da própria vida (martyria). (Enciclopédia Verbo de Sociedade e do Estado)
6. Como situar a dimensão espiritual de Jesus?
O Espírito Emmanuel, no capítulo I de A Caminho da Luz, diz-nos que "Na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias".
Acrescenta que Jesus é um dos membros divinos dessa comunidade de seres angélicos e perfeitos. Em outras palavras, Jesus é o governador espiritual do Planeta Terra. Todos os outros Espíritos de luz devem obediência a Ele. É por esta razão que todos os enviados do infinito falaram na China milenar, no Egito, na Pérsia etc. Entre os judeus a idéia do Messias Salvador surge entre os séculos IV e III a.C. pela literatura profética. É o ungido, o enviado de Iavé com a missão de instaurar o reino de Deus no mundo.
7. Cite algumas frases acerca de Jesus?
"Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação".
"Jesus era médium de Deus".
"Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra".
"Jesus é o autêntico Redentor da Humanidade".
"Jesus Cristo é o Príncipe da paz".
"Jesus é a pedra angular do Cristianismo".
"Jesus é o Mestre por excelência".
"Jesus é a nossa porta: atravessamo-la, seguindo-Lhe as pegadas".
"Jesus é o nosso Divino Amigo".
"Jesus é o Messias, o Príncipe da Vida, o Salvador do mundo".
"Jesus é o Verbo, que "se fez carne e habitou entre nós"". (Equipe da FEB, 1997)
8. Relacione Jesus e Deus
"Jesus sempre esteve com Deus. E Deus, por sua vez, sempre esteve com Jesus. A vontade de um sempre foi a do outro".
"São um pelo pensamento – uma vez que tudo quanto o Cristo realizava e realiza ainda é sob a inspiração direta de Deus".
"A alma puríssima de Jesus é o cristalino espelho onde a vontade do Senhor dos Mundos se reflete soberana e misericordiosa".
"Deus é o Pai, Jesus é o Filho".
"Deus é o Soberano Universal, Causa Primária de todas as coisas, Inteligência Suprema do Universo, como o define o Espiritismo. Jesus é o seu embaixador na Terra".
"Deus criou o Universo, que é a soma, a reunião, o conjunto de todos os mundos, galáxias, constelações, sistemas planetários. Jesus, seu enviado, presidiu a formação do orbe terrestre, daí ter afirmado: – "Sou o princípio de todas as coisas, eu que vos falo"".
"Deus governa o Universo, de que a Terra é minúsculo departamento. Jesus é o mandatário do Pai neste mundo". (Equipe da FEB, 1997)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]
POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986.
São Paulo, 13 de agosto de 2008
1. Quem foi Jesus?
Jesus Cristo (de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração de Jehoxuá, isto é, "Jeova ajuda ou é salvador", e de Cristo, do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá, escolhido ou ungido) foi o mais puro Espírito que já encarnou no Planeta Terra.
2. Qual a missão de Jesus?
Transmitir aos homens o pensamento de Deus. Na época de Moisés, tínhamos o "olho por olho e dente por dente"; Jesus fala-nos do amor incondicional, estendendo-o até o amor ao inimigo. Jesus não veio destruir a lei de Deus, mas cumpri-la, ou seja, apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.
3. O que significa discípulo?
Discípulo é aquele que, com um mestre, aprende alguma ciência ou arte. Em se tratando de Jesus, falava-se dos discípulos do Senhor, ou seja, aqueles que seguiam de perto a Cristo: em primeiro lugar, os 12 Apóstolos; depois, os outros 72 que mandava adiante de si aos lugares onde tencionava pregar (Luc., 10). Em sentido geral, também eram chamados discípulos os que acreditavam em Cristo e se propunham seguir sua doutrina, instruídos por ele ou pelos apóstolos e evangelistas. (1)
4. Como era a relação entre mestre e discípulo?
Os rabinos ou doutores da Lei reuniam em torno de si muitos discípulos, aos quais transmitiam a sua doutrina. Esses discípulos, por seu turno, podiam tornar-se rabinos e continuar a tradição que tinham recebido. Jesus ia além da simples transmissão de sua doutrina: pedia uma adesão pessoal mais completa do que aquela que era pedida pelos rabinos. O seu discípulo deveria estar disposto a abandonar pai, mãe, filho e filha, a tomar a sua cruz e dar a vida no seguimento de Jesus. Como seu mestre, os discípulos deveriam abandonar suas casas, ficando sem ter onde repousar a cabeça. (2)
5. Há diferença entre discípulo e apóstolo?
O termo apóstolo refere-se aos doze escolhidos por Jesus. Discípulo refere-se aos demais seguidores.
6. Onde e como se deu a escolha dos doze apóstolos?
Jesus reunia, nas proximidades de Cafarnaum, grande comunidade dos seus seguidores. Numerosas pessoas o aguardavam ao longo do caminho, ansiosas por lhe ouvirem a palavra instrutiva. Depois de uma pregação do novo reino, chamou os 12 companheiros que, doravante, seriam os intérpretes de suas ações e de seus ensinos. Eram eles os homens mais humildes e simples de lago de Genesaré. (3)
7. Quais instruções foram dadas aos doze?
Os doze apóstolos deveriam procurar as ovelhas perdidas da casa de Israel, pregando que o reino dos céus está próximo. Tinham a missão de curar os enfermos, ressuscitar os mortos e purificar os leprosos. Sofreriam admoestações, pois eram enviados como ovelhas no meio dos lobos. Não faltariam, porém, os estímulos do Senhor, que os exortava a reconhecer o Pai se quisessem ser reconhecidos como seus discípulos. Haveria muitas dificuldades, devido à incompreensão dos homens, mas as recompensas também eram muitas para os que faziam a vontade do Pai.
8. Como o discípulo deve-se portar diante do trabalho evangélico?
O discípulo deve crer na misericórdia infinita de Deus. Sem essa confiança no Divino Poder do amor nada conseguirá na escalada evolutiva, porque sempre estará defendendo os seus interesses particulares em detrimento dos interesses do Criador.
(1) GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d. p.
(2) MACKENZIE, J. L. (S. J.)
Dicionário Bíblico. São Paulo, Edições Paulinas, 1984.(3) XAVIER, F. C. Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos. 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977, p. 38.
7/1/2010
Sérgio Biagi Gregório
1) O que entende por maneira de orar?
Maneira é o modo ou forma particular de ser ou de agir. Costume, hábito, moda, postura, comportamento. A maneira de orar refere-se à postura física, mental e emocional, como também, às palavras que usamos para o nosso relacionamento com Deus. Podemos pedir qualquer coisa, inclusive as impossíveis, pressupondo que Deus irá obrigatoriamente nos atender.
2) Qual o conceito de oração, de prece?
Oração é rogo, súplica. A prece é uma invocação, mediante a qual o ser humano entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento e um louvor. A prece é a maneira pela qual, através do pensamento expresso ou não em palavras, a criatura se liga ao Criador. É o meio de comunicação com Deus e com os planos mais altos da vida.
3) Qual a condição fundamental para todas as orações?
A certeza de que Deus nos ouve, de que toda a prece será atendida. Em vista disso, saibamos orar com humildade e consciência daquilo que estivermos pedindo. O atendimento, contudo, nem sempre se coaduna com aquilo que pedimos, mas com aquilo que necessitamos, pois Deus, sabedor de nossas necessidades, não nos deixará desviar de nossa meta evolutiva.
4) Ao nos levantarmos, qual é o nosso primeiro dever? E ao nos deitarmos?
O nosso primeiro dever, ao nos levantarmos, é agradecer a noite transcorrida, o contato que tivemos, mesmo inconsciente, com os Espíritos de luz, recebendo deles inspirações para a resolução de nossos problemas. À noite, antes de adormecermos, devemos agradecer o dia transcorrido; ao mesmo tempo, solicitar o auxílio desses benfeitores espirituais, a fim de nos acompanharem em nossa estada no mundo dos Espíritos.
5) O que devemos pedir em nossas orações?
Os Espíritos superiores orientam-nos a pedir aquilo que realmente temos necessidade. Inútil, pois, pedir ao Senhor abreviar as nossas provas, dar-nos riqueza, bem-estar. "Pedi-lhe para vos conceder os dons mais preciosos da paciência, da resignação é da fé". (1)
6) Quais são os obstáculos à oração?
Falta de fé, falta de confiança e falta de obediência a Deus. Por maiores as nossas dificuldades, as nossas confusões e os nossos dissabores, o que não pode nos faltar é a confiança em Deus, que sempre está nos protegendo. Pensemos no seguinte texto: "Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, cerrada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai que vê o que se passa em secreto vos recompensará". – Jesus. (Mateus, 6,6). Em outras palavras, entremos em nosso quarto íntimo, façamos o nosso pedido, mas não tenhamos pressa do seu atendimento.
7) Quais são as opiniões erradas acerca da oração?
A oração é só para os fracos, orar é bom para as crianças, orar só nos momentos altos da vida, orar só de joelhos, orar para aplacar a Deus. A prece é um ato de adoração da criatura para com o Criador. Tal qual a nossa vida, ela é sempre dinâmica, pois a cada momento de nossa vida, as nossas dificuldades são diferentes, novas e muitas vezes mais complicadas do que em épocas anteriores.
8) Que tipo de alegria a prece nos proporciona?
A alegria da compreensão dos desígnios divinos. Pela prece nos desligamos deste mundo de provas e expiações e nos lançamos para os mundos mais felizes, em que reinam a paz e harmonia. "Não mais os ruídos confusos e a entonação aguda da Terra; são as liras dos arcanjos, a voz doce e suave dos serafins" (1). Não temos palavras para definir esta felicidade. Apenas a sintamos no íntimo de nosso ser.
Fonte de Consulta
(1) KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39.
ed. São Paulo: IDE, 1984, cap. 27, itens 22 e 23.
São Paulo, fevereiro de 2009 Sérgio Biagi Gregório 1) O que nos diz o texto evangélico? 1. Não se turbe o vosso coração. – Credes em Deus, crede
também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu
vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. – Depois que me tenha
ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim
de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (João 14, 1 a 3) 2) O que significa a casa do Pai? A casa do Pai é o Universo. As moradas são os diversos mundos
que circundam no espaço infinito, servindo de habitação apropriada ao
adiantamento dos diversos Espíritos, espalhados por todo o Universo. 3) O que se entende por Universo? Conjunto de tudo quanto existe (incluindo-se a Terra, os
astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço), tomado como um
todo; o cosmo, o macrocosmo. Em filosofia, diz-se de tudo quanto existe no
espaço e no tempo. 4) Segundo o Espiritismo, que tipo de mundos podemos
encontrar no Universo? Embora não haja uma classificação absoluta, podemos
dividi-los em cinco tipos: mundos primitivos, mundos de provas expiações, mundos
regeneradores, mundos felizes e mundos celestes 5) O que caracteriza cada um desses mundos? Nos mundos primitivos, destinados às primeiras
encarnações do Espírito, o ser humano ainda é muito rude, pois está na infância
da sua evolução espiritual. O livre-arbítrio, pouco desenvolvido, não oferece ao
Espírito muitas oportunidades de escolha. No processo de encarne-desencarne, vai
adquirindo o senso moral, que o torna responsável pelas suas próprias ações. Nos mundos de expiação e provas, há o domínio do mal.
É a situação do planeta Terra. Nele o mal tende a suplantar o bem. Os mansos são
enganados pelos inescrupulosos, o mais forte rouba o mais fraco, há guerras e
rumores de guerra. Além do mal físico, há também o mal moral, que é a atitude de
pensar no mal em vez de pensar no bem. Por esta razão, Jesus condenava o "pecado
pelo pensamento", pois a pessoa já tinha cometido o "pecado" de coração. Nos mundos de regeneração, as almas que ainda têm o
que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. Pode-se dizer
que já há um equilíbrio entre o bem e o mal. Nos mundos felizes ou ditosos, o bem sobrepuja o mal.
O homem já não é mais lobo do próprio homem, como afirmara Hobbes. Há leveza de
locomoção; basta aplicar a vontade que se vai aonde quiser. As doenças, as
guerras e os homicídios estão em queda e, consequentemente, toda infra-estrutura
montada para atender essa demanda. Nos mundos celestes ou divinos, há as habitações de
Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. As doenças, as prisões e
os hospitais não existem mais, porque os Espíritos, devidamente enquadrados na
lei de amor, não têm mais necessidade dessas organizações para a sua devida
evolução espiritual. Observação: 1) somos um cidadão do Universo, pois
tudo o que fazemos e pensamos reflete sobre o todo; 2) "nos mundos mais
adiantados, o homem não procura elevar-se acima dos outros, mas acima de si para
se aperfeiçoar". 6) Por que temos facilidade de pintar as agruras do "inferno"
e poucas palavras para descrever o "céu"? De certa forma, somos o resultado do que pensamos. Se o nosso
pensamento é rude e grosseiro, não temos condições de pinçar idéias em esferas
mais evoluídas. Comparemos o corvo à águia. O corvo voa baixo, tentando pegar os
restos de comida deixados pelos seres humanos; a águia procura os campos altos.
Muitas vezes até falamos desses mundos superiores, mas é muito mais fruto de
leituras ou de comunicações mediúnicas do que da nossa própria experiência. 7) Que tipo de atitude poderíamos tomar para subir aos mundos
mais elevados? Desapego aos bens terrenos. Quanto mais bens materiais
tivermos, mais teremos de cuidar. Isto é liberdade ou escravidão? O desapego aos
bens terrenos é fundamental para adentramos na vida do Espírito. E não é uma
tarefa fácil, porque todos nós, ao longo do tempo, vamos acrescentando coisas ao
nosso patrimônio físico e moral. Para refletirmos: somos apegados ao nosso nome,
à nossa profissão, aos livros que possuímos? Não nos esqueçamos de que essas
atitudes podem dificultar a nossa subida ao mundo espiritual superior. Perdão. Como é que o perdão pode ser um elemento
essencial para a nossa subida a outros mundos? O perdão faz com que nos
libertemos da pessoa que nos ocasionou algum constrangimento, deixando tudo ao
encargo da Lei Natural. Evitemos, assim, de fazer justiça pelas próprias mãos.
Deixemos tudo por conta de Deus, que sabe o que é melhor para nós e para os
outros. Prece. Um religioso já escrevera que "Aquele que ora,
salva-se certamente; e aquele que não ora, condena-se certamente". A prece
liberta a nossa mente dos grilhões das esferas inferiores e nos impulsiona para
os espaços do infinito, iluminados pelos cânticos do amor universal. Bibliografia Consultada KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE,
1984. São Paulo, 3/9/2008 Sérgio Biagi Gregório 1) O que nos diz o texto bíblico? A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe,
estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou
grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo. Não queria
denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber. Enquanto José pensava
nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: "José, filho de Davi,
não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do
Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois
ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". Tudo isso aconteceu para se cumprir
o que o Senhor havia dito pelo profeta: "Vejam: a virgem conceberá, e dará à luz
um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está
conosco". Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado:
levou Maria para casa, e, sem ter relações com ela, Maria deu à luz um filho. E
José deu a ele o nome de Jesus. (Mateus, 18, 24) 2) Maria foi concebida pelo Espírito Santo? Os evangelistas Mateus e Lucas afirmam que Maria concebeu
Jesus sem a intervenção de varão: o que nela foi concebido veio do Espírito
Santo. O fato de Jesus, na Cruz, entregar sua Mãe aos cuidados de João supõe que
a Virgem não tinha outros filhos. Os evangelhos, entretanto, mencionam em certos
trechos os irmãos de Jesus. Como se explica? É que o termo irmãos, em hebraico,
significa parentes próximos. Outra hipótese seria supor que José tivesse filhos
de um matrimônio anterior. Também podemos considerar que o termo irmãos foi
usado no sentido de membro do grupo de crentes, tal como é comum no Novo
Testamento. Sobre a virgindade de Maria. Fisicamente, é impossível
derrogar a lei natural da reprodução, no caso, sexuada. Espiritualmente, é
possível conceber a virgindade de Maria em termos dos pensamentos, das palavras
e dos seus atos. Podemos dizer que foi um Espírito de alta hierarquia
espiritual, que tomou como missão servir de vaso ao nascimento daquele que iria
ser o salvador do mundo. 3) Uma estrela indicou o caminho aos magos? Diz-se que uma estrela apareceu aos magos que foram adorar
Jesus; que ela lhes ia à frente indicando-lhes o caminho e que se deteve quando
eles chegaram. Allan Kardec, em A Gênese, afirma que aquela luz não
podia ser uma estrela. É que na época, com poucos recursos astronômicos, eles
acreditavam que pontos luminosos fossem estrelas. Acrescenta: "Entretanto, por
não ter como causa a que lhe atribuíram, não deixa de ser possível o fato da
aparição de uma luz com o aspecto de uma estrela. Um Espírito pode aparecer sob
a forma luminosa, ou transformar uma parte de seu fluido perispirítico em foco
luminoso. Muitos fatos desse gênero, modernos e perfeitamente autênticos, não
procedem de outra causa, que nada apresenta de sobrenatural". (1975, cap. 15, p.
312) 4) Jesus foi um agênere? Pelo fato de Jesus ter nascido de uma virgem, deduz-se também
que o seu corpo não era carnal, mas fluídico. Isto, mais uma vez, contradiz a
Lei Natural. Podemos entender que Jesus, sendo um Espírito bastante elevado,
tinha o seu corpo formado daquilo que era de mais sutil do fluido cósmico
universal do nosso globo terrestre. 5) Jesus e Cristo são a mesma pessoa? O demonstrativo "este Jesus" mostra que Jesus é um ser de
carne, "nascido de uma mulher, nascido súdito da Lei" (Gal. 4,4). Surgiu numa
data determinada, numa família humana, a de José, numa vila da Galiléia, chamada
Nazaré. Contudo, Jesus é o nome empregado pelos evangelhos para designar Cristo
e relatar a sua atividade. Aplicavam ao personagem concreto os títulos
salvíficos e divinos, os de Senhor, de Cristo, de Salvador, de Filho de Deus, de
Servo de Deus. Insistindo na divindade de Jesus, davam origem à Boa-Nova, ou
seja, às mensagens para a regeneração da humanidade. 6) Como fazer Cristo nascer em nós? Os discípulos de Jesus, também denominados apóstolos, saíram
para pregar a Boa-Nova, o anúncio do Reino de Deus. Depois deles, apareceram
outros, como é caso de Paulo de Tarso, cognominado o apóstolo dos gentios.
Presentemente, somos nós outros que devemos dar continuidade aos seus
ensinamentos, consoante a mensagem de Emmanuel: "Quando o Cristo
designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda
responsabilidade na Terra. A missão da luz é
clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve,
invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base. A chama da candeia
gasta o óleo do pavio. A iluminação elétrica
consome força da usina. E a claridade, seja
do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento,
reconforto e alegria, tranqüilizando aqueles em torno dos quais resplandece. Se nos compenetramos,
pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa
disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a
Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos. Cristão sem espírito
de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho. Busquemos o Senhor,
oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos. Sigamo-lo, auxiliando
indistintamente. Não nos detenhamos em
conflitos ou perquirições sem proveito. 'Vós sois a luz do
mundo' ─, e a luz não argumenta, mas esclarece e socorre, ajuda e ilumina".
(Xavier, s.d.p., cap. 105) Bibliografia Consultada KARDEC, A. A
Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1975. XAVIER, F. C.
Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.] São Paulo, novembro de 2008. Evangelium virtus Dei est. "O Evangelho é a força de Deus".
(Rom 1, 16) Sérgio Biagi Gregório 1) Qual a diferença entre Evangelho e Evangelhos? A palavra Evangelho, do grego euaggélion, pelo latim
evangelium, significa boa nova, boa notícia. Em se tratando do Novo
Testamento, são os alegres anúncios trazidos por Jesus Cristo. Os Evangelhos são
os livros compostos pelos evangelistas Marcos, Mateus, João e Lucas. Há, também,
um quinto Evangelho, que são as epístolas do Novo Testamento. Em realidade, o
Evangelho é um só, o alegre anúncio. Como esse alegre anúncio foi feito por
diversas pessoas, para cada uma dessas pessoas torna-se um Evangelho, que
reunidos formam os Evangelhos. 2) Quais são as vantagens e as desvantagens de se analisar o
quadriforme Evangelho pela concordância? As desvantagens das concordâncias são: 1) despersonalizam os
Evangelhos; 2) nivelam acontecimentos que os Evangelhos ressaltam diversamente;
3) impedem o enriquecimento de notas que assinalam a relação de fatos e
ensinamentos de Jesus. O valor da concordância está em: 1) melhor conhecimento do
ministério de Cristo; 2) possibilidade de ler de uma vez "os quatro Evangelhos
reunidos em um só", bem como dispor de um texto mais completo em palavras e
circunstâncias para cada evento da vida e da pregação de Jesus. 3) Qual dos quatro Evangelhos foi escrito em primeiro lugar?
O Evangelho segundo Marcos foi o primeiro entre os evangelhos
canônicos a ser escrito, por volta do ano 70, ano da destruição do Templo
pelos Romanos. O Evangelho de São Marcos é o segundo dos quatro
evangelhos do Novo Testamento e um dos três chamados de sinóticos, junto com o
Evangelho de São Mateus e o Evangelho de São Lucas. 4) O que se entende por evangelhos sinóticos? Evangelhos sinóticos são aqueles que se assemelham. No caso,
os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. As raízes gregas desta palavra são:
sýn, "junto" e opsis, "visão". Isto permite que as concordâncias dos
três evangelistas sejam impressas em forma de synopsis (sinopse). Dos 661
versículos do texto autêntico de Marcos, cerca de 610 foram incluídos em Mateus
e cerca de 350 em Lucas, enquanto alguns parágrafos não apareceram nem em Mateus
nem em Lucas (Mc 4,26-29; 7,32-37; 8,22-26) (1) 5) Como resumir o Evangelho segundo Mateus? O Evangelho de Mateus, o publicano ou o cobrador de impostos,
é o primeiro dos quatro. É também o mais estudado e comentado, em vista da
catequese global e eclesial que o caracteriza. Esta catequese mostra que o
escândalo da morte na cruz fazia parte do plano de Deus para a salvação da
humanidade. Mateus traça a vida histórica e cronológica de Jesus, enaltecendo o
trabalho de pregação (kerygma) do Reino dos Céus. Dividiu-o em cinco
partes: 1) fundação do Reino dos Céus; 2) o Reino dos Céus em ação
(os milagres); 3) o mistério do Reino dos Céus (figura velada das
parábolas); 4) Reino como comunidade visível e organizada (Pedro é a
pedra angular da "Igreja"); 5) aspecto escatológico do Reino dos Céus
(implantação deste na terra). (2) 6) Que aspectos são relevantes no Evangelho segundo Marcos? O Evangelho de Marcos vem em segundo lugar, embora há dados
enciclopédicos que o colocam como o primeiro Evangelho. Não teve o mesmo êxito
dos outros, porque o seu material estaria mais desenvolvido em Mateus e Lucas.
Santo Agostinho fala que o Evangelho de Marcos é o resumo do de Mateus. A sua
autoridade está fundamentada na narração de Pedro, testemunha ocular dos fatos.
(2) 7) O que caracteriza o Evangelho segundo Lucas? O Evangelho de Lucas é o terceiro Evangelho. Foi o que
explicitou a sua intenção: escrever uma história de Jesus. É um Evangelho para
os helenistas, pois é o único escritor que veio do paganismo. Todos os outros
são de origem judaica. Sua cidade de origem é Antioquia e foi nessa cidade que
surgiu o termo "cristão" para designar os seguidores de Jesus. Este Evangelho
como o de Marcos, é de segundo plano, pois viveu à sombra do apóstolo dos
gentios, Paulo. A sua catequese fundamenta-se em Jesus como salvador, as lições
da cruz e o poder da ressurreição. (2) 8) Por que o Evangelho segundo João foi cunhado de o
"Evangelho Espiritual"? O Evangelho de João, cunhado como o "Evangelho Espiritual",
aparece em quarto lugar. Ele queria penetrar na profundidade do verbo de Deus, o
verbo que se fez carne, ou seja, o verbo encarnado em Jesus. O apelido
"Evangelho Espiritual" deveu-se a Clemente de Alexandria, que disse: "João, o
último de todos, vendo que o aspecto material da vida de Jesus fora ilustrado
por outros Evangelhos, inspirado pelo Espírito Santo e ajudado pela oração dos
seus, compôs um Evangelho Espiritual". (2) Fonte de Consulta (1) Enciclopédia Mirador Internacional (2) BATTAGLIA, Oscar. Introdução aos Evangelhos: um
estudo histórico-crítico. Tradução de Carlos A. de Costa Silva. Rio de Janeiro:
Vozes, 1984. São Paulo, maio de 2009. Sérgio Biagi Gregório 1) Qual o conceito de reforma íntima? Reforma íntima nada mais é do que o desenvolvimento
latente que jaz em nosso espírito. É um requisito indispensável à própria saúde.
2) Perdeu-se, com o tempo, seu sentido conceitual? Sim. A repetição de um termo faz com que se perca o seu
conceito original. Observe a palavra Evangelho, que de tanto ser repetida,
perdeu sua feição de boa nova. O mesmo se dá com o termo reforma íntima. Não tem
mais o sentido de desenvolvimento das virtualidades inscritas no âmago de
cada ser. Significa, sim, proibição: não faça isso; deixe de fazer
aquilo; isso é "pecado". 3) Em vez de reforma íntima, não seria preferível usar o
termo "mudança comportamental"? A reforma pressupõe conserto, remendo, reparo. A imagem mais
clara é quando precisamos fazer uma reforma em nossa casa: quebramos, para
depois construir outra coisa, mais bela e mais de acordo com os tempos atuais.
Assim, em vez de reforma, que pressupõe conserto, o termo mudança
comportamental, entendida como desenvolvimento, seria mais conveniente. Como o
Espírito foi criado simples e ignorante, mas sujeito ao progresso, a mudança
pressupõe que esse Espírito esteja crescendo, evoluindo. 4) Relacione reforma íntima e reflexos condicionados. Uma forma didática de se entender a reforma íntima é
relacioná-la aos reflexos condicionados. Todos nós somos herdeiros de um
automatismo, vindo de longa data. Dado um estímulo, respondemos automaticamente. Se
xingados, queremos revidar. Observe as nossas respostas, as nossas reações no
trânsito: uma leve "fechada" pode até ocasionar morte. E se mudássemos essa
resposta automática. E se, em vez de querermos briga, perdoarmos aquele nosso
irmão? Não haveria um ganho para o infrator e para nós? 5) Conhecer a si mesmo é reformar-se? Sócrates, quando nos revelou o "conhece a ti mesmo", não
estava interessado numa mudança comportamental. Queria apenas que cada um de nós
tomasse consciência da sua própria ignorância. Quando o termo passou para o
latim, "nosce te ipsum", começaram a modificar-lhe o sentido e colocaram-no como
condição
moral para que o ser humano pudesse mudar os seus hábitos e os seus costumes.
6) Como proceder em relação à reforma íntima? Uma vez iniciada, convém dar-lhe continuidade. Parar é
regredir, é voltar aos mesmos erros que cometíamos no passado. Um bom exercício
é o ser humano se colocar no meio de uma montanha. Tem que ir em frente, porque
a queda pode ser violenta. 7) Qual é o grande erro que se comete na reforma íntima? É querer fazer uma reforma radical. Lembremo-nos de que os
ensinamentos veiculados por Jesus, e por outros grandes lideres da humanidade,
são modelos que devemos ter em mente. É como um ideal, uma meta a alcançar,
porque a evolução não dá saltos. Querer melhorar a qualquer custo é também uma
forma de violência. São Paulo, junho de 2009 Sérgio Biagi Gregório 1) O que se entende por sermão? Jesus ensinava – oralmente – em aramaico, sua língua materna.
Como nada escreveu, a sua palavra devia ressoar sobre os discípulos. Por isso,
catequese – do grego katechéo, fazer ressoar. Ressonância significava a
voz na presença dos discípulos. O discípulo que tivesse recebido o ensinamento
era ressoado, ou seja, catequizado. Depois de catequizado, poderia catequizar
outros. Pode-se dizer que Jesus proclamou, junto aos discípulos, o mais conciso
e ordenado sistema de uma filosofia universal. Ali se achava tudo o que
alma necessitava saber a respeito de Deus, da criação e da vida quotidiana,
tanto naquela época como nas vindouras. O sermão tinha um caráter universalista,
uma espécie de "carta magna" para toda a humanidade. (Stella, 1978) 2) Qual o significado de monte ou montanha? O monte é o lugar de destaque na vida religiosa dos povos. É
o lugar da solidão, da oração e da revelação. Segundo uma constante tradição
bíblica, é o lugar próprio para os encontros com Deus. Na Grécia, o monte
Olímpico; na Índia, o monte Meru; na China, o monte Kuen-luen.
Há, também, o monte Sinai, o monte das Oliveiras etc., cada qual
com sua particularidade. (Stella, 1978) 3) Qual o significado do Sermão de Monte? Também chamado Sermão da Montanha ou Sermão das
Bem-Aventuranças, foi pronunciado por Jesus na fralda de um de um monte, em
Cafarnaum, dirigindo-se a todas as pessoas que o seguiam. Nele Jesus faz uma
síntese das leis morais que regem a humanidade. O Sermão do Monte veio para reformar a humanidade na sua
totalidade. Não é para uma religião, mas para toda a religião. Segundo alguns
religiosos, o sermão do monte é o mais revolucionário dos discursos humanos,
simplesmente porque é divino. Quando acabou de proferir o sermão, os discípulos disseram:
"Este ensina como quem tem autoridade". 4) Quais são as oito regras do sermão? 1.ª) Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o
reino dos céus. 2.ª) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 3.ª) Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos,
porque herdarão a Terra. 4.ª) bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados. 5.ª) Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia. 6.ª) Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque
verão a Deus. 7.ª) bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça,
porque o reino dos céus é para eles. 8.ª) Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos
injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus, 5, 1 a 12) 5) O que se entende por bem-aventurança? Termo técnico para indicar uma forma literária que se
encontra quer no Antigo quer no Novo Testamento. A Bem-Aventurança é uma
declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se
inicia com "bem-aventurado aquele..." Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a
bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em
virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição. Segundo Wendisch, as bem-aventuranças são uma espécie de
torah (lei). Nos paradoxos (ir contra a opinião comum), Jesus ensinou o
avesso daquilo que os homens pensavam, fazendo-os refletir na felicidade, não
como a posse de bens materiais, mas como estar na visão e posse de Deus. 6) Há diferença entre reino dos céus e reino de Deus? A palavra "céus" foi usada por Mateus; os outros evangelistas
usaram a palavra "Deus". Explicação: Mateus usou reino dos céus, porque Deus era
um nome inefável que os judeus se abstinham de pronunciar com receio de dizerem
em vão. Lucas, ao compor o seu Evangelho para os cristãos convertidos do
paganismo, que por isso não tinham os mesmos escrúpulos, diz correntemente como
Marcos: "o reino de Deus" ou então "reinado de Deus". (Chevrot, 1971) 7) A redação dos Evangelhos prendeu-se mais à letra ou ao
sentido? Os Apóstolos, ao registrarem por escrito, as palavras de
Cristo, prenderam-se mais ao sentido do que à letra. Por exemplo, a inscrição
que Pilatos mandou colocar na cruz devia ser conforme a letra. Contudo, anotamos
as seguintes divergências verbais: "Jesus o Nazareno, o rei dos judeus", João
19,19, "Este é Jesus, o rei dos Judeus", Mat. 27,37, "O rei dos Judeus, este",
Luc. 23,38, "O rei dos Judeus", Marc. 15,26. (Stella, 1978) 8) Qual a importância de Jesus falar ao ar livre? O mestre não quis pronunciar o seu discurso inaugural no
interior de uma sinagoga ou nos pórticos do Templo. Para fazer ouvir uma
mensagem destinada aos homens de todos os tempos, precisava de ar livre, de
altitude, dos horizontes sem limite da natureza. Ele falava do impulso de
progresso, da ressonância, do movimento. Dizia: as raposas têm as suas tocas, os
pássaros os seus ninhos, mas Ele não terá um teto onde reclinar a cabeça.
Caminhará sempre, sem parar. 9) Qual a função das Igrejas nos dias atuais? A Igreja, de qualquer espécie que for, não pode permanecer
somente como instituição. Deve ser um movimento, um processo de aperfeiçoamento
das almas. A Igreja não é um estabelecimento, é um movimento, a sua função é
"renovar a face da terra", quebrando preconceitos e denunciando os conformismos.
Paulo foi muito feliz quando disse: "Embora se destrua em nós o homem exterior,
o homem interior vai-se renovando de dia para dia". Bibliografia Consultada CHEVROT, Georges. O Sermão da Montanha.
Tradução de Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 1971. STELLA, J. B. O Sermão da Montanha: A Religião de
Cristo. São Paulo: Metodista, 1978. Out/2007As Moradas na Casa do Pai
Nascimento de Jesus
Os Quatro Evangelhos
Reforma Íntima
Sermão do Monte
Cursos 24 Horas
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