Idéia Central: |
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Etimologia da palavra
Introdução ou Resumo histórico
Exórdio: Conceito e definição
Recordar algo anterior
Tópicos do Tema:
(Desenvolvimento)
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Resumo do que foi dito
Conclusão ou Apelo à ação
Peroração: Frase de efeito
Evitar: é só isso, é o que tinha a dizer, etc.
Bibliografia: Indicar o título, o autor, a edição, a editora, o ano de publicação e as páginas das obras consultadas.
Exórdio |
Atenção Docilidade Benevolência |
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Coração |
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Afirmação (I.M.) + Prova a) Confirmação b) Refutação
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Cérebro |
Peroração |
Resumo Reafirmação Reforço |
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Coração |
· CONFIANÇA EM SI
Malogros. Quem não os sofre? Estímulo. Se nós não nos ampararmos, quem nos amparará? E diga cada um dentro de si mesmo: “Se eu não tiver confiança em mim, quem terá confiança? Posso realizar muitas coisas. Memorizemos o que temos feito. Se posso fazer isto, por que não poderei fazer mais?” “Quem sabe”, “talvez seja”, “aliás”, “pode ser”, “julgo que”, “tudo parece indicar que” são palavras que revelam insegurança. Evitemo-las.[6]
· REQUISITOS NATURAIS DO ORADOR
Deve aquele que fala possuir temperamento expansivo para comunicar por meio da palavra, as idéias e os fatos; manter o máximo a serenidade de espírito e o domínio de si mesmo; possuir sensibilidade apurada, que o faça capaz de perceber rapidamente o efeito de suas palavras no espírito dos ouvintes; ter firmeza nas convicções e expô-las de modo veemente; conhecer amplamente o assunto de que vai tratar e ter suficiente cultura geral para eventuais digressões, ou para reforçar a sua exposição; possuir certo magnetismo pessoal e usar de atenciosa amabilidade para com os que o escutam.[7]
· ESTÍMULO
Você não é a única pessoa que tem medo de falar em público. Pesquisas universitárias norte-americanas comprovaram que 80% ou 90% das pessoas temem falar em público. Acredite no que vai dizer. A dúvida deita raios de morte. Fale ao cérebro e ao coração. Enriqueça seu vocabulário, lendo com dicionário. O conhecimento vocabular é fundamental. Não abale convicção diretamente; vá devagar sem impor pontos-de-vista. Como se fala e não o que se fala é que prende o auditório. A assembléia detesta quem fala mole e linearmente.
· DOMÍNIO DO AUDITÓRIO
O público aprecia os homens de atitude serena e corajosa, os que sabem falar com bom timbre e com triunfante galhardia, pois se convence tanto pelas maneiras do orador quanto pela exposição de suas idéias. Sendo assim, para dominar o auditório, o tribuno deve ter o espírito de autoconfiança, com o que poderá vencer a timidez natural, evitar o excesso de reflexão, não sentir a dificuldade de concentração, manter afastadas de si a suscetibilidade e a impulsividade.[8]
· VENCENDO O MEDO
Antes de subir ao tablado, respirar lenta e profundamente, relaxar os músculos, manter-se altivo, curvando-se um pouco; em seguida, subir ao tablado rapidamente e começar afalar, fixando o pensamento apenas no assunto do discurso. Após as primeiras frases, o receio desaparecerá por completo. Para isto, o principiante deve tomar algumas precauções, tais sejam, não falar de estômago vazio, o que tende a aumentar a intensidade das reações psicológicas; enfrentar, primeiramente, um auditório que possa ser favorável ao seu sucesso para que adquira energia e confiança, com os quais se apresentará em futuras oportunidades.8
QUESTÕES
1) Como adquirir confiança em si mesmo?
2) Quais são os requisitos naturais do orador?
3) Que tipo de atitude devemos ter para dominar o auditório?
4) Como o principiante deve vencer o medo?
· AUTO-CONSCIÊNCIA
Conhecer a própria voz e suas possibilidades será a primeira atitude do expositor que deseje educá-la, para que se faça agradável a quem ouve. A experiência de pessoas que ouviram a própria voz gravada é de que a maioria manifesta estranheza, onde se conclui que a maioria desconhece os recursos verbais de que dispõe. 3
· RESPIRAÇÃO
A base da voz é a respiração. A respiração correta é aquela que enche os pulmões de ar, aumentando o fôlego. Para isso, deve-se respirar através do diafragma, ou, pela barriga. Pulmões repletos permitem um alcance maior de voz, que, assim, ganha em poder. Educar a saída do ar. A garganta e a boca devem se abrir farta e tranqüilamente, ao falar; todos os músculos faciais e o aparelho de fonação necessitam estar relaxados, para evitar mudanças e defeitos de voz, como hipertonia vocal (falar alto em demasia) ou hipotonia (falar muito baixo). 3
· PRONÚNCIA, PONTUAÇÃO E ENTONAÇÃO
Pronúncia - dizer as palavras inteiras, evitando “engolir” sílabas, sobretudo as de final de frase, mantendo ritmo e tonalidade.
Pontuação - é profundamente vinculada à respiração. O ideal é dizer o texto em tom conversativo, de modo natural e respirando nos pontos e pontos-e-vírgula.
Entonação - o “colorido” da voz que deverá variar, de maneira a não tornar monotona a palestra, cansando o público. Há vários tipos de tonalidade, que podem ser treinados pelo expositor: a voz de ouro, de prata, de bronze e de veludo. 3
· SINAL ENFÁTICO
O orador deve saber não apenas entonar a voz de acordo com a emoção do assunto, mas precisa também dar às palavras a ênfase que merecem. Uma frase pode ter seu sentido completamente adulterado, se não colocarmos o sinal enfático no lugar certo. Atentando na pergunta: “Você abriu a porta?”, se a ênfase for dada a você, a pessoa indagada será influenciada a responder: “Sim, eu”. No caso de abriu, ela responderá: “Sim, abri” e em porta, ela retrucará: “Sim, foi a porta” 3
· UM EXEMPLO
Analisemos a seguinte frase: “Lá os vi, em uma sala menor, talvez que metade desta, seis, ou oito, sentados nas camas onde dormiam”. Lá os vi (pausa, ergue-se um pouco a voz, quando se pronuncia a sílaba vi); em uma sala menor (no em uma volta-se ao tom anterior, erguendo-se quando da última sílaba nor, no mesmo tom da anterior vi); talvez que metade desta (aqui estamos num parêntese, o tom deve descer para diferenciar-se bem do tom das palavras anteriores, baixando-se a voz em desta, e pausa curta); seis, ou oito (volta-se ao tom anterior, aumentando-lhe um pouco quando se pronuncia) ou oito (prolongando-se na sílaba oi; pausa); sentados nas camas onde dormiam (baixa-se a voz, prolonga-se na sílaba ta, pronunciando-se o resto da frase em tom normal, baixando afinal em iam, pois é o fim do período). 6
· EDUCAÇÃO DA VOZ
Segundo Emmanuel, deveríamos “educar a voz, para que se faça construtiva e agradável”. Quem se preocupa com a palavra, aumenta suas chances como orador. 3
QUESTÕES
1) Qual o seu tipo de voz?
2) Ao falar você percebe a sintonia entre respiração e entonação?
3) Como você dá ênfase às palavras?
4) Você está educando sua voz? Como?
EXERCÍCIO: RESPIRAÇÃO E DICÇÃO
· RESPIRAÇÃO
1) Expirar contando em voz alta: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ..... até 60.
2) Inspirar e expirar várias vezes lentamente: P B T D G Q (exercício de domínio da expiração). Estas são as consoantes “oclusivas”, as que gastam mais ar na pronúncia.
3) Ginástica Respiratória
a) Inspirar profundamente;
b) Durante a respiração subsequente, emitir distintamente um verso de doze sílabas, dos chamados alexandrinos (Ex.: “O sol da perfeição é que ilumina os gênios”); em seguida, emitir duas vezes esse mesmo verso a fim de desenvolver a faculdade de economizar o fôlego quando estiver falando.
· DICÇÃO
1) Vogais
I - Rififi de piriquiribi viril chincrin e tiguimirim, inimissíssimos de pirlimpimpim. Imbiri incio, pirim, quis distinguir piquiritis de chibis miris, timbris de dissímil piriquiti.
U - O grugru dos murututus, mutuns, tuputus, jutus, juburus e urutumuns. O lusco-fusco do morundu do sul púrpuro de lux. O zumzum do fundo do mundo é imundo.
2) Ditongos, Tritongos e Hiatos
(Ler soletrando cada vogal, antes de juntá-las em palavras)
AI - A gaita do pai de Adelaide está embaixo da caixa.
UI - Fui colher flores ruivas e azuis nos pauis.
AIO - O lacaio do cavalo baio leva o balaio de paio.
OIA - Aribóia via a jibóia que boiava na pitimbóia.
3) Consoantes
M - O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca miasmática. Migalhas minguadas de moagem mitigavam míseras meninas.
R - O rato, a ratazana, o ratinho, roeram as rútilas roupas e rasgaram as ricas rendas da rainha dona urraca de rombarral.
S - Sófocles soluçante ciciou no Senado suaves censuras sobre a insensatez de seus filhos insensíveis. Suave viração do Sueste passa sussurrante sobre sensitivas silenciosas.
4) Encontros Consonantais
CR - O acróstico cravado na cruz de crisólidas da criança areana criada na creche é o credo católico.
PR - Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres ... dez pratos de trigo para dez tigres.
· GESTUALIDADE E PROXÊMICA
A gestualidade é o comportamento do corpo que abrange gestos (em movimento) e atitudes ou posturas (parados). É a linguagem do corpo: “sermo corporis” O Corpo fala através de gestos e atitudes que acompanham significativamente a pronunciação. Dentro da gestualidade se destaca uma nova área de investigação: a proxêmica.
A proxêmica estuda a significação da gestualidade em relação com o espaço. O orador se movimenta no espaço entre ele e o público de modo pertinente. Ora se situa num plano mais elevado ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se aproxima com segundas intenções. 5
· GESTO
Ato ou ação por meio do qual se dá força às palavras. deve ser feito sem exagero e sem excessos, isto é, com naturalidade e elegância. Lembrar sempre que ele é apenas a essência, tão somente, do que se quer exprimir. Deve preceder à palavra ou acompanhá-la, nunca sucedê-la. Se anteceder, prepara o efeito da palavra; se acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde sua força.[9]
· POSTURA, OLHAR E MANEIRISMOS
Evite-se a postura displicente, como falar sentado na cadeira ou encostado em alguma coisa. Jamais sentar-se sobre a mesa. O olhar do expositor deve percorrer a platéia inteira, não circunscrevendo a atenção para esse ou aquele lado, em especial. Evitar os maneirismos, isto é, torcer os dedos, mexer na roupa, estalar os dedos, esfregar as mãos, bater palmas ou tocar amiudamente objetos sobre a mesa.3
· GESTOS DA CABEÇA, DOS DEDOS E DAS MÃOS
Cabeça
Se pender, indica humilhação; muito elevada, arrogância; caída para os lados, lassidão; se firme, imobilizada, olhar fixo, lábios fechados, dará a impressão de energia feroz.
Dedos
Devem permanecer levemente abertos e curvados. O dedo indicador em riste é acusador; unido ao polegar é doutoral, de quem ensina; abertos o polegar, o indicador e o médio, é o gesto de quem explica, explana.
Mãos
O movimento das mãos deve ser sóbrio, variado, evitando o movimento nervoso. 9
· ALGUNS GESTOS FUNDAMENTAIS
Repelir
Recuar um pouco o peito, erguer a cabeça, gesto da palma da mão volvida para baixo até a altura do peito;
Defesa
Erguem-se as mãos à altura do peito, palma aberta para fora;
Desolação
As mãos caem, palmas abertas para fora;
Pedir
Quando se pede, elevam-se as mãos até o peito, palmas para cima, movimento trêmulo;
Aceitar
Leve avanço da cabeça que baixa, peito para frente, palma da mão aberta para cima, até a altura do peito. 9
· ESPONTANEIDADE
Nem prender as mãos, tornando-as imóveis, nem lançando-as para trás, imobilizando-as, nem adotando gesticulação teatral exagerada. A melhor atitude perante os próprios gestos é esquecer as mãos, e falar com naturalidade, deixando que elas procedam como procedem quando conversamos. 3
QUESTÕES
1) O que se entende por gestualiade e proxêmica?
2) Como devem ser feitos os gestos?
3) Que tipo de postura você considera displicente?
4) Não há regras para os gestos, senão a espontaneidade. Explique.
· HISTÓRIA DAS PALAVRAS
A história da origem de uma palavra é a história da sua raiz. Buscando a origem dos vocábulos, adquirimos elementos que nos poderão fornecer amplo e proveitoso vocabulário. não se manuseia um dicionário apressadamente. É necessário que se examinem bem os sinônimos e a maneira como são aplicados. Há palavras que só devem ser empregadas corretamente por quem as compreenda.[10]
· ETIMOLOGIA E SEMÂNTICA
Etimologia é a ciência que investiga as origens próximas e remotas das palavras e sua evolução histórica. Do grego etymon (étimo) vocábulo que é origem de outro.
Semântica é o estudo das mudanças que no espaço e no tempo, experimenta a significação das palavras consideradas como sinais das idéias: semasiologia; semiologia. Do grego sêma-tos, sinal, marca, significação.
· RADICAIS GREGOS E LATINOS
Raiz é o elemento irredutível e comum a todas as palavras da mesma família. Ex. noit - anoitecer;
Radical é parte significativa do vocábulo. Tele e fone são os radicais que compõem a palavra telefone.
Radicais Gregos
Agro (campo); nomo (lei, regra)
Agronomia - conjunto de ciências que regem a prática da agricultura.
Auto (próprio), bio (vida), grafo (escrita)
Autobiografia - descrição da própria vida.
Radicais Latinos
Fide (fé)
Fidedigno - merecedor de fé
Ignis (fogo)
Ignição - estado dos corpos em combustão10
· VÍCIOS DE LINGUAGEM
Os cacoetes linguísticos são palavras ou partículas usadas com muita insistência para encerrar a frase ou para continuá-la. Eis alguns: Tá, né? Entende? Sabe? Percebe? Uai... Da mesma forma, há quem abuse de a gente isso, a gente aquilo, a gente chegou, a gente pediu, etc. Evitar o uso constante de a nível de, enquanto que, de repente, etc.
· O BOM PORTUGUÊS
O orador é aquele indivíduo que deve estar sempre se aperfeiçoando no uso da palavra. Neste sentido todo o som desagradável, os cacófatos, devem ser suprimidos. Do mesmo modo são as redundâncias e a má concordância gramatical.
· SINONÍMIA
O orador, a fim de enriquecer o seu vocabulário deve se exercitar em anotar uma palavra e escrever todos os termos a ela correlacionados. Depois, formar frases a partir de cada palavra escrita.
QUESTÕES
1) O que significam etimologia e semântica?
2) Qual a importância do estudo dos radicais gregos e latinos?
3) Quais os vícios de linguagem mais comuns?
4) Como expressar bem a língua portuguesa?
EXERCÍCIO: MEMÓRIA E ENRIQUECIMENTO VOCABULAR
· MEMÓRIA
1) Olhar um objeto, fechar depois os olhos e passar a descrevê-lo mentalmente. Abrir logo após os olhos, e verificar o que esquecemos e o que lembramos.
2) Abrir as páginas de um jornal, ler os cabeçalhos; fechar em seguida os olhos, e rememorar mentalmente.
3) Ler um pensamento, duas, três, quatro vezes. Depois repita-o de cor. Obtida a memorização, medite sobre ele.
4) Há à sua frente um grupo de pessoas. Observe-as. Imediatamente procure recordá-las na ordem em que estão da direita para a esquerda e vice-versa. verifique logo depois se acertou ou errou.
5) Ao assistir a uma palestra ou conferência, ou ao ler um artigo, etc., faça logo, de memória, uma síntese, e preferentemente a escreva.
· ENRIQUECIMENTO VOCABULAR
1) Estude lógica e dialética para aprender os meios de correlacionar os conceitos com todos os que tem afinidade com eles.
2) Pegue um termo qualquer, e depois, escreva tudo o que lhe possa corresponder (verbos, adjetivos, etc.).
3) Escolha uma palavra. Em seguida, escreva todas as que se lhe correlacionam, explicando-as. Depois, forme frases com elas.
· EXEMPLOS
1) AGIR
(Do latim agere, actum) - levar diante de si, agir, fazer. Dela advém activo, aquele que se agita muito; acção, realização do ato; agente, tudo aquilo que se agita de maneira a produzir um efeito determinado; agitador, aquele que cria a agitação... chegar a 20 correlatos.
Frase: Não confundir atividade com agitação.
2) ORAÇÃO
(Do latim orationem, discurso, derivado de orare, falar, falar, orar, o que vem de OS, ORIS, boca) significa, de maneira geral linguagem escrita ou falada. O sentido mais habitual hoje em dia é aquele de prece endereçada a Deus e aos santos, pois orar à divindade, é falar a ela. Dela advém orador, homem que pronuncia um discurso, uma oração; oratória, tudo aquilo que se relaciona ao orador; peroração, parte final de um discurso... chegar a 20 correlatos.
Frase: Um orador deve ser apto para falar sobre qualquer tema e em qualquer ocasião.
3) JUSTIÇA
(Do latim justitia). Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é seu. Dela advém justo, conforme à justiça, julgamento, ato de julgar; Direito, Ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade... chegar a 20 correlatos.
Frase: A justiça tarda mas não falha.
· MÉTODO
Do grego méthodos - “caminho para chegar a um fim”. Processo ou técnica de ensino. O método depende dos propósitos que se tenha, da habilidade do professor ou líder, da disposição do aluno, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos materiais de trabalho.
· PRELEÇÃO
É o método clássico, onde o orador faz seu discurso diante do auditório. Usa-o quando vai dar informação, quando os discípulos já estão interessados e quando o grupo é demasiado grande para empregar outros métodos. Vantagens: transmissão de grande quantidade de informações em pouco tempo; pode ser empregado com grupos grandes; requer uso de pouco material. Limitações: impede que o aluno participe contestando; dificulta o poder de retenção; poucos conferencistas são bons oradores.[11]
· DINÂMICA DE GRUPO
É a divisão de um grupo grande em diversas equipes. Estas equipes discutem problemas já assinalados anteriormente, geralmente com o propósito de informar depois ao grupo maior. Usa-o quando o grupo é demasiadamente grande para que todos os membros participem; quando se exploram vários aspectos de um assunto; quando o tempo é limitado. Vantagens - estimula os alunos tímidos; desperta um sentimento cordial de amizade; desenvolve a habilidade para dirigir. Limitações - pode ser o resultado de um conjunto de deficiência; os grupos podem desviar-se do assunto em questão; a direção pode ser mal organizada. 11
· DEBATE ORIENTADO
O debate é o método no qual os oradores apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma determinada proposição. Use-o quando os assuntos requeiram sutileza; para estimular a análise; para apresentar diferentes pontos de vista. Vantagens - apresenta os dois aspectos de um problema; aprofunda os assuntos em discussão; desperta o interesse. Limitações - o desejo de “ganhar” pode ser demasiadamente enfatizado; requer muita preparação; pode produzir demasiada emoção. 11
· OUTROS MÉTODOS
Maiêutica - método socrático, onde o instrutor desenvolve sua exposição fazendo perguntas aos alunos. Deve-se evitar o pseudo-diálogo;
Cochicho - durante a aula, permitir que pares de alunos conversem sobre o tema em questão;
Brain storming - deixar espaço para a criatividade, onde cada aluno é livre para falar o que quiser, sem medo de reproche;
Exame - é considerado um método, porque permite ao aluno reorganizar a matéria dada.
· DIDÁTICA
O expositor deve ainda se munir de cartazes, do quadro negro e dos recursos audio-visuais disponíveis. Deve evitar a metodomania, lembrando que todos esses métodos apontados são meios. A finalidade maior é a transmissão do conhecimento. Cuidemos para que seja bem objetiva e proveitosa.
QUESTÕES
1) Do que depende a aplicação de um método de ensino?
2) Escolha um método de ensino. Defina-o, dê sua utilização e descreva suas vantagens e desvantagens.
3) Evitar a metodomania. Comente.
4) Que tipo de método é melhor para você?
RELAÇÃO DE TEMAS PARA O EXERCÍCIO DA ORATÓRIA
01) Consolador Prometido
02) Reencarnação
03) Morte
04) Jugo Leve
05) Ressurreição e Reencarnação
06) Orgulho e Humildade
07) Deixai Vir a Mim as Criancinhas
08) Escândalos: Cortar a Mão
09) Obediência e Resignação
10) Fé: Mãe da Esperança e da Caridade
11) Mundos Superiores e Inferiores
12) Não Colocar a Candeia Debaixo do Alqueire
13) Céu, Inferno e Purgatório
14) Justiça Humana e Justiça Divina
15) Alternativas da Humanidade em Relação ao Mundo Espiritual
16) Parábola dos Talentos
17) Espírito
18) Mediunidade
19) Inteligência e Instinto
20) Perturbação Espírita
21) Não Vim Trazer a Paz, Mas a Espada
22) Desigualdade das Riquezas
23) Pobre de Espírito
24) Justiça, Amor e Caridade
25) Deus e Mamon
26) Missão do Homem Inteligente na Terra
27) Convidar os Pobres e os Estropiados
28) Carregar a Cruz - Quem Quiser Salvar a Vida, Perdê-la-á
29) A Prece
30) Injúrias e Violências
___________________________
1 Mira Y López, Emílio
Cómo Estudiar y Cómo Aprender. Buenos Aires, Editorial Kapelusz y Cía, 1948
2 R.O.D.S.E. Reuniões de Orientação a Dirigentes de Sessões Espíritas. São Paulo, F.E.E.S.P. / Área Federativa S/D/P
[3] Signates, Luiz
Caridade do Verbo - Métodos e Técnicas de Exposição Doutrinária Espírita. Goiânia, Federação Espírita do Estado de Goiás, 1991
[4] Moisés, Massaud
Dicionário de Termos Literários. 5ª ed., São Paulo, Cultrix, 1988
[5] Triangale, Dante
Introdução à Retórica - A Retórica Como Crítica Literária. São Paulo, Duas Cidades, 1988.
[6] Santos, Mário Ferreira dos
Técnica do Discurso Moderno. 4ª ed., São Paulo, Logos, 1959
[7] Edipe - Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional. 3ª ed., São Paulo, Iracema, 1987
[8] Barbosa, Osmar
A Arte de Falar em Público. Rio de Janeiro, Edições Ouro, S/D/P.
[9] Santos, Mário Ferreira dos
Curso de Oratória e Retórica. 7ª ed., São Paulo, Logos, 1959
[10] Barbosa, Osmar
Como Adquirir Um Poderoso Vocabulário em 30 Dias. Rio de Janeiro, Edições Ouro, 1979
[11] Leroy, Ford
Pedagogia Ilustrada Tomo I : Princípios Generales. 3ª ed., S/L/P, Editorial Mundo Hispano, 1976
São Paulo, abril de 1999
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